Saúde 14/11/2017 - 08h00

O que mais aflige os portadores de diabetes

Em 2040, o número de pessoas com a doença pode chegar a 23 milhões no Brasil e a 415 milhões no mundo. A conscientização quanto à importância de adotar um estilo de vida mais saudável é um dos aspectos de destaque no combate à patologia
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Adailma Mendes adailmamendes@opovo.com.br
Montri Thipsorn / Shutterstock
Existem dois tipos de diabetes: o tipo 1, que faz com que o paciente precise aplicar a insulina diariamente para controlar o nível de açúcar no sangue, e o tipo 2, que resulta em falta relativa de insulina

No mês de Combate ao Diabetes, novembro, e no Dia Mundial do Diabetes, 14, uma discussão ganha maior proporção: o que mais causa preocupação entre as pessoas que descobrem serem portadoras da doença. "O impacto do diabetes no dia a dia, especialmente quando é prescrita insulina, e, a longo prazo, o temor pelas potenciais complicações da doença", segundo Rosangela Roginski Réas, endocrinologista e metabologista, são pontos de atenção.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), o diabetes, quando não controlado, pode levar a complicações agudas, como hipoglicemias – baixa taxa de glicose no sangue, e crônicas, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, alteração da sensibilidade, principalmente dos pés, e problemas na visão capazes de levar à cegueira. "Infelizmente, as complicaçôes acometem os dois tipos [de diabetes] e acometem muito o tipo 2", explica a endocrinologista.

E essas situações não são de pequeno impacto, principalmente quando temos a enfermidade como a quinta causa de morte no Brasil – atrás das doenças do coração e do aparelho circulatório; do câncer; de agressões, acidentes de transporte e causas externas; e pneumonia e outras doenças respiratórias - segundo a Organização Mundial da Saúde. E, ainda, quando o diabetes tem estimativa de ter atingido cerca de 14 milhões de brasileiros em 2015, último número da IDF. Os dados levariam a um cálculo de 23 milhões de portadores no Brasil em 2040. No mesmo ano, o IDF apontou para 130 mil mortes em decorrência de diabetes no País.

No mundo, são cerca de 415 milhões de portadores da doença, o que resulta em um em cada 11 adultos com diabetes. A previsão é de 642 milhões de pessoas com a enfermidade em 2040.

Tratamento
Quando se fala em indicação de tratamento para o diabetes, uma combinação é ponto de concordância entre profissionais da saúde: informação e boa condução médica de tratamento individualizado, ou seja, vendo as necessidades de cada paciente. "Em primeiro lugar, o médico precisa estar bem informado e seguro para transmitir segurança [ao paciente]. Em seguida, é fundamental que se estabeleça uma relação de confiança médico-paciente, para que este siga suas recomendações", defende Rosangela.

"A conscientização das pessoas quanto à importância de adotar um estilo de vida mais saudável, o que vem sendo possível, em grande parte, pela divulgação de informação de qualidade", é outro aspecto fundamental ressaltado pela endocrinologista, também professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que fez parte de apresentação da chegada da primeira insulina glargina biossimilar ao Brasil este mês em São Paulo.

Inovação
A partir de parceria entre os laboratórios Eli Lilly e Boehringer Ingelheim - o primeiro responsável por produzir a primeira insulina comercial do mundo em 1923 e o segundo a deter pesquisas sobre diabetes – chega ao Brasil, ainda este mês, a insulina glargina biossimilar, a Basaglar. "Com o lançamento, passamos a contar com uma nova opção de insulina glargina igualmente eficaz ao medicamento biológico de referência que, além de ser mais acessível, oferece um conjunto de ferramentas para apoiar o paciente em sua jornada de tratamento, características extremamente importante no manejo de doenças crônicas como diabetes", afirma Marcela Caselato, gerente médica de diabetes da Lilly.

O Brasil é o 38º país a aprovar o biossimilar, em junho de 2017. A promessa das empresas parceiras no lançamento do medicamento é ele este chegará ao mercado este ano com 70% do valor da glargina referência, algo em torno de R$ 41 a caneta. "Basaglar é uma alternativa de qualidade em insulina glargina, o padrão ouro em insulina basal. Sua chegada deverá significar um grande benefício, tanto por promover uma redução substancial no custo do tratamento, como pela proposta de suporte diferenciado ao paciente", defende Rosangela.

Tipos de diabetes
Existem dois tipos de diabetes. O tipo 1, doença autoimune que ocorre quando o pâncreas deixa de produzir insulina, fazendo com que o paciente precise aplicar a insulina diariamente para controlar o nível de açúcar no sangue. E o tipo 2, que ocorre quando o corpo apresenta dificuldade para a utilização da insulina e o pâncreas não consegue produzi-la na quantidade necessária para vencer essa resistência, resultando em falta relativa de insulina.

                                                                                                                                                                                           *A editora viajou a convite de evento da Lilly e Boehringer Ingelheim

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