Foto: Natália Rocha/Divulgação
Marca Le Sergic
Cores, modelos, estampas e
design são
elementos que dizem muito a respeito de uma peça de roupa ou acessório. Em geral, as marcas costumam definir seus produtos como feminino ou masculino. No entanto, uma nova tendência passou a buscar uma forma diferente de segmentar suas peças: colocando-as na posição de agêneras.
Em Fortaleza, já existem marcas que se definem dessa forma, criando modelos que caiem bem em todos os tipos de corpos e sem determinar para qual público seus produtos são destinados.
Conheça algumas dessas marcas:
Chilli Beans
Segundo Bárbara Braz, coordenadora de relações públicas da Chilli Beans, a marca de acessórios já possui 20 anos no mercado e, desde então, prega a diversidade de gênero em suas peças. “Sempre tivemos muito respeito à diversidade e atitude. Buscamos sempre trazer os valores de moda, música e arte para os nossos produtos. Então, você nunca chegará a uma de nossas lojas e encontrará segmentação de gênero em nossos produtos”, afirma. Bárbara conta que, em geral, a Chilli Beans costuma separar os óculos e relógios em fashion, casual e clássico.
Foto: Divulgação
Campanha Sexual Collors da Chilli Beans, que propõe deixar a cor dominar e expressar quem você é
Pangea
A marca de roupa começou a existir no final de 2015, quando os proprietários Nilo Lima e Yágda Hissa, estudantes de Design de Moda da Universidade Federal do Ceará (UFC), se inscreveram em um projeto de economia criativa. Entre pesquisas e análises de mercado, os estudantes perceberam a evolução da tendência unissex e, então, resolveram criar uma loja dentro desse aspecto. “A gente diz que o unissex é coração da marca, tudo gira em torno disso”, conta Nilo. Segundo o sócio, na hora de produzir as peças, alguns princípios são fundamentais. “O principal da moda agênero é a funcionalidade. Tem que ser adaptável para servir a ambos os sexos”, pontua. Botões e alinhamento são alguns dos detalhes que, de acordo com Lima, tornam a marca proporcional aos gêneros.
Foto: Divulgação
Pangea
Le Sergic
A marca, criada em 2014, surgiu de forma despretensiosa, após a designer de moda Amanda Pereira ter seu primeiro filho. “Era uma possibilidade de trabalhar na área fazendo meus próprios horários”, conta. A primeira coleção da marca foi com tecidos que Amanda já tinha usado em outros projetos. “A gente vendia camisas rotuladas como masculinas. E essa foi uma das adaptações que fizemos, porque observamos que boa parte das nossas vendas eram feitas para mulheres. Com isso, percebemos que nosso produto não tem gênero, é uma questão mais de gosto pessoal e estilo de vida. Então, abolimos o termo ‘camisa masculina’”, explica.
Para escolher as estampas, Amanda revela que a marca costuma trabalhar com o mix de cores e com estampas alegres, que representa uma moda irreverente. “Não usamos tecidos que contêm poliéster na composição, sendo nossa matéria-prima, basicamente, o algodão e a viscose. Usamos tecidos leves e de origem natural, que deixam o corpo transpirar, não deixam odor e têm um bom caimento. Estamos cada vez mais pensando em alternativas para oferecer, além de uma moda agênera, mais sustentável”, finaliza.
Foto: Amanda Pereira/Divulgação
Le Sergic