RETROSPECTIVA 15/12/2017 - 07h00

Relembre quatro filmes de 2017 com protagonistas mulheres

Com a estreia de Star Wars: Os Últimos Jedi, que traz Daisy Ridley como a protagonista Rey, reunimos longa-metragens exibidos nos cinemas brasileiros em 2017 que focam nas mulheres em seus papéis principais
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Gabriela Custódio gabrielacustodio@opovo.com.br
Divulgação
Rey participa da série desde o episódio VII, lançado em dezembro de 2015

Nesta quinta-feira, 14, "Star Wars: Os Últimos Jedi" chegou aos cinemas de todo o Brasil. No oitavo filme da franquia, a jovem Rey (Daisy Ridley) passa por seu treinamento com Luke Skywalker (Mark Hamill) enquanto Kylo Ren (Adam Driver) prepara-se com Snoke (Andy Serkis) – representantes do lado da luz e do lado sombrio da força, respectivamente. Rey participa da série desde o episódio VII, lançado em dezembro de 2015, e levantou discussão sobre a importância da representatividade feminina na mídia, principalmente em um filme que chega a tantos espectadores mundo afora.

Pensando nesse protagonismo feminino nas telas e em clima de retrospectiva, às vésperas do Ano Novo, as Revistas O POVO selecionaram alguns longa-metragens que chegaram às salas brasileiras de cinema em 2017, destacando algumas curiosidades sobre eles. Confira.


1. Estrelas além do tempo (Fevereiro de 2017)
Em meio à Guerra Fria, a Nasa também seguia a lógica da segregação racial e separava seus funcionários. Nesse contexto, "Hidden Figures" – baseado em fatos reais e adaptação do livro homônimo – conta a história das matematicistas afroamericanas Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), que faziam parte da equipe de "computadores humanos" da Nasa.

Katherine Johnson foi a primeira mulher negra em um curso de pós-graduação na West Virginia State University e fez os cálculos para que o astronauta John Glenn fosse o primeiro norte-americano a orbitar a Terra. Já Dorothy formou-se em matemática aos 19 anos e, com a chegada dos computadores eletrônicos, previu que sua profissão seria extinta, aprendeu a programar e ensinou a tarefa a outras mulheres. Mary trabalhou no Túnel de Pressão Supersônico e precisou fazer um treinamento na Escola Secundária de Hampton, com uma permissão especial para estudar entre os brancos – ela se tornou a primeira engenheira mulher e negra da Nasa.


2. Mulher-Maravilha (Junho de 2017)
Presente na lista dos dez melhores filmes do American Film Institute (AFI), "Mulher-Maravilha" conta a história de Diana Prince (Gal Gadot), que desde cedo foi treinada para se tornar uma guerreira. Após o piloto Steve Trevor (Chris Pine) cair em uma praia da Ilha Paraíso – onde Diana mora e é reconhecida como princesa e embaixadora das Amazonas –, ela descobre que uma grande guerra está acontecendo e decide ir embora para tentar cessar o conflito.

O longa é dirigido por Patty Jenkins, que se tornou a primeira mulher a conduzir um longa com orçamento de mais de US$ 100 milhões. Outro feito de "Wonder Woman" foi, no mês do lançamento, ter tornado-se o filme em live-action dirigido por mulher com maior arrecadação na história. Recentemente, Gal ameaçou não participar da sequência do longa se Brett Ratner não for excluído do projeto. Um dos fundadores da RatPac-Dune Entertainment, produtora que participou no financiamento do filme, Ratner foi acusado de assédio e homofobia.


3. O Estranho que Nós Amamos (Agosto de 2017)
Baseado em um romance de Thomas P. Cullinan de 1966, o remake de "O Estranho que Nós Amamos", de Sofia Coppola, conta com Nicole Kidman, Kirsten Dunst e Elle Fanning no elenco. A trama passa-se no estado de Virgínia em 1864, no terceiro ano da Guerra Civil, quando o soldado irlandês John McBurney (Colin Farrell), que luta pelo exército do Norte dos EUA, é ferido em combate no Sul e resgatado por mulheres que moram em um internato. Elas decidem cuidar dele até entregá-lo aos oficiais. Com o passar da narrativa – que recebe o tom sombrio característico da diretora –, as mulheres mostram interesse afetivo pelo hóspede.

O filme rendeu a Sofia a Palma de Ouro como melhor diretora no Festival de Cannes 2017, o que a tornou a segunda mulher a receber a premiação – a primeira foi Yuliya Solntseva, em 1961. Na edição do festival, Nicole Kidman recebeu prêmio especial por estar presente em quatro títulos durante a semana de Cannes. A primeira versão do longa é de 1971 e tem Clint Eastwood como John McBurney.


4. A Guerra dos sexos (Outubro de 2017)
Com direção de Jonathan Dayton e Valerie Faris, dupla por trás de "Pequena Miss Sunshine" (2006), "Guerra dos Sexos" narra os acontecimentos que levaram à histórica disputa de tênis entre Bobby Riggs (Steve Carell) e Billie Jean King (Emma Stone), em 1973, no Torneio de Wimbledon. Bobby era um veterano, com atitudes e discurso machistas, e desafiou a tenista, nome expressivo no esporte e na luta pelos direitos das mulheres. A partida, apelidada pela imprensa de Guerra dos sexos, tornou-se um debate sobre igualdade de gênero e atraiu mais de 90 milhões de espectadores.

Atualmente com 74 anos e aposentada do tênis há 34 deles, Billie Jean King encerrou sua carreira com 129 títulos simples e 16 nos torneios em dupla. A trama acontece em uma época em que as mulheres estavam conquistando direitos na sociedade e a tenista foi um dos ícones da luta feminista por questionar, por exemplo, a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Em 1973, Billie uniu-se a oito atletas para assinar contrato com o  Virginia Slims Tour, torneio próprio para mulheres. Três anos depois, a esportista fundou a Women’s Tennis Association (WTA), associação que organiza torneios e competições profissionais para as tenistas.

PONTO DE VISTA
Hamlet Oliveira, repórter do O POVO e membro da Associação Cearense de Críticos de Cinema (ACECCINE)

Com histórias de mulheres protagonistas da corrida espacial, de grandes mulheres tenistas e até mesmo da princesa das amazonas, 2017 foi um ano especial para a representatividade feminina na sétima arte, com mulheres tomando espaços importantes dentro do cinema. Filmes como "Estrelas Além do Tempo" e "Batalha dos Sexos" trouxeram histórias reais de mulheres que lutaram para conseguir direitos iguais aos dos homens. Pouco comentado durante sua breve passagem no Brasil neste ano, "Patti Cake$", de Geremy Jasper, foge de estereótipos ao utilizar uma protagonista caucasiana acima do peso e, de forma sutil, aborda as temáticas de gordofobia e preconceito de gênero no âmbito musical.

Apesar da representação enquanto protagonistas, o espaço da direção em Hollywood continua com baixa representatividade feminina. Por mais relevante que tenha sido "Mulher-Maravilha" (comandado por Patty Jenkins), ainda há a necessidade de maior expansão nesse segmento. Ainda sobre "Mulher-Maravilha", seu sucesso serviu como impulsor para o desenvolvimento de "Capitã Marvel", pois, mesmo com dez anos de universo cinematográfico, esta será a primeira vez em que a "Casa das Ideias" irá apostar em um filme solo de uma personagem feminina. 

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