O POVO


ENTREGA DE CARGOS

Aos gritos de 'Temer presidente', PMDB rompe com Dilma em reunião relâmpago

29/03/2016 | 15:35

Em reunião relâmpago de apenas três minutos, o PMDB oficializou agora há pouco o desembarque do partido do governo Dilma Rousseff. Decisão foi tomada por aclamação, sem votação direta, em reunião liderada pelo vice-presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR).

Além do afastamento pelo governo, moção aprovada prevê ainda a entrega de cargos ocupados pelo partido no governo federal. "A partir de hoje, ninguém ocupa mais cargo em nome do PMDB", disse Romero Jucá pouco após o anúncio.

Romero Jucá destaca, no entanto, que o afastamento não significa postura imediata de apoio ao impeachment. "Nós seremos independentes", disse o senador, afirmando que a questão será tratada "no momento devido".

#RenunciaTemer

O vice-presidente Michel Temer (PMDB), que articulou aprovação da moção, não compareceu ao evento. Também não estava presente o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), tido como último "refúgio" do governismo no partido, nem aliados históricos do PT na sigla, como José Sarney e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Logo após o anúncio do desembarque, a hashtag "#RenunciaTemer" se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter. A maioria critica postura do PMDB, mas outras mensagens lembram que o próprio PT lançou Temer em chapa com Dilma Rousseff.

PMDB Ceará

Conforme mostrou O POVO desta terça-feira, a direção do PMDB cearense já havia antecipado sua posição pelo afastamento da legenda do governo. Líder do partido no Estado, o senador Eunício Oliveira (PMDB) disse que indicações da sigla estão "à disposição" da presidente.

Atualmente, partido tem no Estado indicações das direções do Banco do Nordeste e da Companhia Docas do Ceará. No governo federal, o partido possuía sete ministros no primeiro escalão petista.

Um deles, Henrique Eduardo Alves (RN), pediu demissão do Ministério do Turismo ainda na segunda-feira, 28. Outros ministros, como Celso Pansera (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Kátia Abreu, da Agricultura, não confirmam se deixarão os cargos.

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