[an error occurred while processing this directive] Manoela Bacelar comenta os desafios da defesa do patrimônio cultural | O POVO
CONTINUAÇÃO DA CAPA 30/11/2016

Manoela Bacelar comenta os desafios da defesa do patrimônio cultural

Partindo das denúncias que implicaram o ex-ministro Geddel Vieira em um esquema de tráfico de influência, Manoela Queiroz Bacelar comenta os desafios da defesa do patrimônio cultural
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Jáder Santana jadersantana@opovo.com.br
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Casa onde morou o escritor Rodolfo Teófilo, na avenida da Universidade, nº 1929, em Fortaleza. Apesar de tombada por meio de decreto em 1985, o imóvel foi demolido 3 dias após o ato


Em um dos capítulos de Tombamento: Afetos Construídos, a advogada Manoela Queiroz Bacelar se dedica a comentar os “afetos que foram destruídos sem licença e sem perdão”, referindo-se a alguns imóveis de Fortaleza que foram deliberadamente destruídos.


O capítulo parece especialmente relevante quando observado ao lado das recentes denúncias que implicam o ex-ministro Geddel Vieira em um esquema de tráfico de influência com o objetivo de garantir a construção de um edifício de luxo em área de bens tombados de Salvador.


“Os motivos da saída do ministro Calero retiram a poeira do tema, que deveria ser mais presente nas agendas políticas. São distorções que mostram uma realidade de descaso e de sobreposição de interesses particulares sobre interesses coletivos”, analisa a autora.


Na capital cearense, Manoela cita três imóveis tombados que foram destruídos: o Centro Artístico Cearense (tombado em 1988 e demolido em 2000); a Casa Rodolfo Teófilo (destruída três dias depois de seu tombamento, em 1985); e a Chácara Flora (tombada e destruída em 2011).


“Na vida urbana, os interesses estão sempre em jogo, em tensão. O tombamento, embora seja um instrumento importante de salvaguarda do patrimônio material não aniquila as aberrações de conduta”, diz a advogada, destacando que integrar o patrimônio cultural à vida da população, descobrindo sua vocação para outros usos, é fundamental.


“Penso que com boa vontade, criatividade, planejamento e uma equipe multidisciplinar, seja possível esquadrinhar medidas de integração. Educação patrimonial criativa é uma medida necessária”, pondera.


Por fim, Manoela acredita que identificar e unir agentes de diferentes perfis frente àquele imóvel pode render bons frutos: “Identificar grupos que possam agir como multiplicadores da questão patrimonial, misturando gerações num trabalho mais vivencial, recoloca o espaço no lugar afetivo”. (Jáder Santana)

 

BENS DE AFETO

 

Tombados pela União
6 bens (entre eles a Casa José de Alencar e o Passeio Público)

Tombados pelo Estado
24 bens (entre eles o Palácio da Luz e o Sobrado Dr. José Lourenço, ambos no Centro)

Tombados pelo Município
34 bens (entre eles a Santa Casa de Misericórdia e o Edifício São Pedro, na Praia de Iracema) 

 

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