Pressionado pelos partidos do chamado “centrão”, o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), decidiu nomear o deputado André Moura (PSC-SE) como líder de seu governo na Câmara. O martelo foi batido após muitas negociações.
Apoiado pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Moura era o nome defendido por partidos como PP, PR e PSD.
Fiel da balança na votação do impeachment de Dilma Rousseff, o grupo chegou a levar a Temer uma lista com 300 nomes que apoiavam a condução de Moura para a liderança.
O parlamentar é um dos expoentes da tropa de choque que tenta barrar a cassação de Cunha no Conselho de Ética e chegou a ser chamado de “lambe botas” do peemedebista pelo petista Paulo Teixeira (SP).
Seu principal rival era Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tinha entre seus cabos eleitorais Moreira Franco, secretário-executivo de Parcerias do governo e um dos principais articuladores de Temer.
O “centrão” não admitia que um nome da antiga oposição ocupasse o posto. Esses partidos estudam a possibilidade de formar um “blocão” de apoio a Temer. A rejeição dos dois lados era recíproca.
O líder do governo na Câmara é, em linhas gerais, o responsável por negociar em nome do Palácio do Planalto os temas de interesse do presidente da República.
Lava Jato
André Moura é réu em três ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de desviar dinheiro público e é investigado em pelo menos três outros inquéritos, entre eles por suposta participação em tentativa de homicídio e no esquema de corrupção da Petrobras.
O deputado também já foi condenado em Sergipe por improbidade administrativa.
Apesar de ser líder do nanico PSC (que tem apenas 9 deputados), Moura recebeu de Cunha importantes tarefas no Legislativo, como apoio para se tornar presidente da comissão que discutiu a redução da maioridade penal. Moura, que nega todas as acusações, foi transformado em réu no Supremo em 2015, respondendo por crime de responsabilidade, quadrilha ou bando e improbidade administrativa.
As denúncias recebidas por unanimidade pela segunda turma do Supremo envolvem crimes de apropriação, desvio ou utilização de bens públicos do Município de Pirambu (SE), na gestão do então prefeito Juarez Batista dos Santos, no período de janeiro de 2005 a janeiro de 2007.
Moura foi prefeito da cidade por dois mandatos, tendo antecedido Juarez.
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