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Os ex-governadores do Ceará e ex-ministros Cid e Ciro Gomes, ambos do PDT, têm se revezado nas críticas ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).
Depois de Cid chamar Cunha de “vagabundo” e “um ser abjeto” em entrevista ao O Globo no último domingo, 1°/11, ontem foi a vez de Ciro atacá-lo. Em declaração ao “Blog do Eliomar”, do O POVO, o pedetista disse que o presidente da Câmara é um “câncer”.
Essa carga de investidas públicas contra Cunha e o PMDB, principal partido aliado do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), é cada vez mais frequente. Em evento de filiação ao PDT, Cid chegou a afirmar que o PMDB era uma “praga nacional” e que Temer era “chefe de quadrilha”.
No início deste ano, o ex-ministro da Educação de Dilma teria iniciado um movimento com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), para refundar o PL na tentativa de desidratar o poder do PMDB no Congresso Nacional e diminuir a dependência do Planalto em relação ao partido de Michel Temer.
Desde a eleição de Cunha à presidência da Câmara, em fevereiro, a ala do partido ligada ao deputado tem criado dificuldades para o Planalto. Os irmãos, ainda aliados do governo, tentam consolidar um discurso pensando em 2018.
Em relação às declarações de Ciro e Cid, a assessoria do vice-presidente Michel Temer afirmou que todas as acusações serão analisadas, mas não confirmou a possibilidade de entrar com processo por causa dos ataques.
A assessoria de imprensa do presidente Eduardo Cunha optou por não comentar as falas dos irmãos.
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