Fernando Haddad 13/06/2016

Fernando Haddad, o prefeito que apostou na mobilidade como política

O petista Fernando Haddad ressalta o conjunto de medidas adotadas na sua gestão para melhorar a qualidade de vida do cidadão, mas admite dificuldades para reeleição
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Kelly Hekally kellyhekally@opovo.com.br
VANESSA CARVALHO\FOLHAPRESS


Foi sob o frio pelo qual passa, nos últimos dias, a maior cidade da América do Sul, uma das maiores do mundo, que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), recebeu O POVO em seu gabinete para uma entrevista exclusiva. O paulistano fez suas considerações acerca da atual conjuntura política do Brasil e falou sobre as escolhas que tem feito, nem sempre convencionais, ao eleger prioridades para o desafio de governar a capital paulista.

 

Nas frases e nos gestos, o esforço sempre presente de passar a sensação de dever cumprido. Redução do número de mortos e feridos no trânsito, transformação de vias e praças públicas de forma a democratizar o acesso da população a estes espaços e inclusão da parada LGBT no calendário oficial de São Paulo são exemplos de iniciativas que marcam a gestão Haddad e o desafio de tornar a metrópole de 11,32 milhões de habitantes mais humanizada. Confira a íntegra da conversa, realizada na tarde do último dia 30 de maio.


O POVO - A decisão de colocar a mobilidade entre as prioridades tem gerado as maiores polêmicas da gestão do senhor. Elas já eram esperadas? Como manter essa diretriz?

FERNANDO HADDAD- Olha, embora não tenha havido uma consolidação, no Brasil, da cultura da mobilidade, não é verdade que no resto do mundo não tenha havido avanços muito significativos nesta matéria. Existem organismos internacionais, universidades, que consolidaram uma visão de que o sistema viário da cidade não é terra de ninguém, tem que ser organizado, ter o seu uso regulado de maneira a propiciar que, dos mais aos menos vulneráveis, todos tenham um espaço garantido. Mais e menos vulneráveis à luz da segurança urbana. Só em 2012, nós aprovamos um Plano Nacional de Mobilidade Urbana que hierarquiza os pontos de atenção do gestor público, começando, obviamente, pelo pedestre. Por isso, que uma das nossas prioridades foi duplicar o ritmo de feitura das calçadas da cidade e também reduzir a velocidade dos carros para que os pedestres tivessem mais segurança. O segundo item do plano nacional, que é uma lei federal, é o ciclista. São Paulo não contava com uma malha cicloviária, tínhamos apenas 60 quilômetros de ciclovias. magina: numa cidade com 17 mil quilômetros de vias públicas, só tínhamos 60 quilômetros de ciclovias! O terceiro é a prioridade ao transporte público. São Paulo ganhou nesse período de três anos mais de 500 quilômetros de faixas exclusivas e corredores de ônibus (novos). O quarto item, ao contrário do que alguns pensam ser o carro, é o transporte de cargas, que também nós regulamos, organizando a logística da cidade de tal maneira que boa parte do transporte de carga passou a ser feito no período da madrugada. Mesmo no quinto item, que é o transporte individual motorizado, nós fomos a primeira cidade do País a regular os aplicativos que tem um potencial grande de tirar carro da rua por meio dos trajetos compartilhados. Ou por car sharing, que é você compartilhar um carro, ou pelo car pool, que é você compartilhar o trajeto usando o mesmo carro na mesma hora. Portanto, nós temos uma lei bastante avançada no Brasil, mas que não é aplicada. Mesmo o Ruas Abertas, programa paulistano que leva à abertura de as ruas aos domingos só para pedestre, está consignado no plano nacional de mobilidade, para que a cultura da caminhada, do skate, da bicicleta, vá ganhando cada vez mais peso na vida urbana. Talvez, a novidade da minha administração é que nós fizemos tudo isso junto, simultaneamente e rapidamente, consolidando uma nova cultura na cidade, que eu considero difícil de reverter: tem a lei federal, as ações judiciais que foram movidas contra nós não foram exitosas, de maneira que, até no Judiciário está se consolidando uma visão de que as coisas precisam mudar. Se você pegar o ranking de tráfego, de congestionamento do mundo, não sei se você já ouviu falar em uma empresa faz o ranking mundial de congestionamento. São Paulo estava na sétima posição e caiu para a 58ª. Aí, alguém pode pensar ‘Ah! Mas será que isso não aconteceu no Brasil inteiro’ em função de crise econômica? O Brasil mantem três cidades entre os dez congestionamentos piores do mundo, uma delas é Fortaleza. A outra, Salvador. A outra, Rio de Janeiro. Quer dizer: aconteceu algo diferente aqui que precisa ser analisada. E eu acho que foi o conjunto de iniciativas voltadas para esse fim.

OP - O que é que fundamentou, essencialmente, a decisão do senhor de optar pela mobilidade como foco central de sua gestão?

HADDAD - Foi muito fundamentada no pragmatismo. Em notar que essas medidas, mundo afora, dão resultado prático muito expressivo e não só do ponto de vista de mobilidade. Isso que é mais extraordinário. Não só melhora a mobilidade, como você tem impacto no sistema de saúde, que são menos pessoas acidentadas – só para você ter uma ideia, o número de ciclistas em São Paulo, aí as pesquisas divergem um pouco, algumas se dão conta de que duplicou e outras que triplicou o número de ciclistas na cidade, mas o número absoluto de mortes caiu 34% ano passado. Ou seja: simultaneamente, está aumentando o número de ciclistas e caindo o número de mortes. Então, você tem impactos sobre o sistema de saúde e, do ponto de vista de mortes é muito visível, mas do ponto de vista de feridos, pessoas que ficam com deficiência, cadeirantes, pessoas que ficam na fila esperando uma prótese, uma órtese, é quase inestimável de tanta gente que se acidenta. Então, o impacto na saúde é enorme. Outro impacto importante é no meio ambiente. Quem caminha, quem anda de bicicleta, quem anda de ônibus não polui. Se a pessoa muda de modal ela deixa de poluir, o que também pode impactar na saúde de forma retroalimentativa. Retroalimenta um sistema favorável no sentido da humanização da cidade e tal, né? É um conjunto de fatores que fazem você perceber a cidade como uma extensão da tua casa. Alguns usam a metáfora da extensão da casa. Outros usam o conceito de cidade-parque para se referir a esse mesmo tipo de iniciativa, de moderar aquilo que precisa ser moderado para que outras coisas ganhem velocidade. A produção ganhe velocidade, produção de mercadorias, de serviço, de educação, de cultura. Tudo isso tem que ganhar velocidade e essas iniciativas moderam a vida urbana tornando-a muito mais agradável e produtiva.

OP - Há outro aspecto aparentemente complicador no caso, que é o perfil marcadamente conservador da sociedade paulistana...

HADDAD - Olha...eu conheci prefeitos que foram reconhecidos durante o mandato por essas iniciativas, conheci prefeitos que só foram reconhecidos muito depois do seu mandato e não conheci nenhum que não foi reconhecido (risos). Então, diante dessa evidência, é uma coisa que precisava ser feita. Enfim: eu reconheço que há uma dificuldade em compreender uma mudança de cultura, mas ela virá. Isso que é o interessante. Você conversa com (Enrique) Peñalosa (prefeito de Bogotá), conversa com os prefeitos do mundo... Em algum momento, vem o reconhecimento de que essas medidas precisam ser tomadas. Às vezes, não é tão rápido como nós gostaríamos, porque a política tem o ciclo muito curto. Mas a grande política tem um ciclo longo. A política eleitoral não tem, mas a grande política tem. Então, você tem que estar preparado para enfrentar incompreensões de curto prazo.

OP - Essas questões que dizem respeito a apropriação da cidade são muito, digamos, politizadas, especialmente no âmbito da classe média. Mas como o senhor acha que é a relação de aceitação da periferia para com a Prefeitura?

HADDAD - Em primeiro lugar, quem pega ônibus em São Paulo, majoritariamente, é morador de periferia. Esse sentiu a mudança na qualidade de vida imediatamente. Ele sabe que a vida dele melhorou, sobretudo quando nós estendemos gratuidade para alunos de escola pública, para idosos acima de 60 anos. Esses não pagam mais passagem em São Paulo. Estamos falando de um universo de mais de um milhão de pessoas. Isso também acaba repercutindo. Têm outros assuntos que não estão diretamente ligados à mobilidade, mas que têm tudo a ver com mobilidade: nós estamos trocando todas as luminárias da cidade por LED e isso, para quem circula à noite, tem um impacto muito grande. Se uma pessoa acorda às quatro da manhã para chegar no trabalho às 6h, 6h30min/7h, se ela não tem um bairro iluminado, que lhe dê sensação de segurança, ela vai preferir usar o carro. Não em função de tempo de deslocamento, é em função da segurança. Caminhar até o ponto de ônibus deixa de ser uma aventura. Então, há outras coisas combinadas com isso que não são mensuráveis, porque não dialogam diretamente com mobilidade, mas que têm a ver com mobilidade. Nesses bairros periféricos, onde nós estamos trocando toda iluminação, São Paulo vai ser a primeira metrópole do mundo iluminada 100% em LED, até o final de 2018. Isso certamente vai impactar, sobretudo, a vida das mulheres.

OP - Como que é que se dá a atuação de sua esposa, Ana Estela, na gestão?

HADDAD - A Estela tem a profissão dela, é professora livre docente da Universidade de São Paulo (USP). Quarenta horas por semana ela está lá. Mas, mesmo assim, ela assumiu a coordenação intersetorial de todos os programas da prefeitura voltados para a primeira infância e, sob o mesmo guarda-chuva, de um projeto que é dela que chama São Paulo Carinhosa. Então, tudo o que tem a ver com primeira infância ela está envolvida, sobretudo quando a ação exige o envolvimento de várias secretarias para resolver algum problema. Então, crianças dos cortiços da cidade, ela vai lá ver no que pode ajudar.. Crianças que sejam filhos de pessoas em situação de rua ou sem situação de dependência química, ela vai observar como reunir as secretarias para enfrentar aquele desafio. Então, a paixão dela, até profissional, é pela primeira infância. Ela é odontopediatra. Então, desde cedo, desde a faculdade, ela tem esse olhar. E aí o setor de educação, saúde, assistência, ela procura conjugar forças nesse sentido. Ela arrumou uma quarta jornada. Já tinha três (risos).

OP - Como é a família Haddad nas relações em casa e na vivência social diante do desafio de administrar a maior cidade do País e uma das maiores do mundo?

HADDAD - Ontem mesmo a gente saiu. A gente tem uma vida mais reservada hoje, mas não deixa de fazer o que fazia antes, só que com menos frequência. Então, nós vamos ao cinema, restaurante, ao teatro do mesmo jeito que íamos. Isso com um pouco mais de comedimento. Temos uma vida um pouco mais reservada. Mas também, né, as comunidades de hoje de casa acabam contribuindo, assistimos a um filme na TV e tal. Eu moro em um bairro que é bastante conservador, formado, basicamente, por eleitores de políticos bastante conservadores. Mas eu saio para andar com meu cachorro toda hora, não ando de segurança, vou ao Parque do Ibirapuera, ando de bicicleta. Esse final de semana mesmo fui ao Ibirapuera com a minha filha andar de bicicleta, fui comer em um restaurante na Alameda Santos, que é um lugar frequentado por moradores do bairro. Sem drama, bem tranquilo.

OP - Recentemente, chamou a atenção o fato de o senhor ter incluído a Parada LGBT no calendário oficial de São Paulo. É um evento que acontece há duas décadas sem que, até hoje, tivesse sido oficialmente admitido no calendário. Por quê?

HADDAD - Na verdade, nós nem sabíamos que não estava no calendário oficial. Você sabe que o calendário oficial de eventos é muito tratado pela Câmara Municipal. É típico de vereador querer prestigiar uma comunidade, querer prestigiar uma data e incluir no calendário oficial de eventos. Isso é muito próprio da Câmara Municipal. Eu penso que, pelo tema, ninguém, aparentemente, quis se associar à Parada (LGBT). Quando eu soube, disse: ‘bem, se ninguém quer, eu quero’ (risos). Ela traz tanta gente para São Paulo, fomenta o turismo, a economia, celebra a diversidade, educa as pessoas para olhar de outra forma para a diferença, diminui o estranhamento entre as pessoas. A (avenida) Paulista também é uma festa todo domingo. Todo domingo, ela é fechada para carros e aberta para a população. Então, aquilo já virou...faz seis, sete meses, mais até (desde agosto) a Paulista todo domingo celebra uma coisa. Pró, conta, muito pelo contrário, mas a cidade está mais democrática.

OP - Fazendo um paralelo com Fortaleza, nos últimos meses a gestão municipal tem buscado formas de a iniciativa privada ajudar na reconstrução do espaço público. O senhor acha uma iniciativa interessante?

HADDAD - É como em São Paulo. A gente faz parcerias. Uma cidade tem que estar aberta, né, a esse tipo de parceria, de iniciativa? Se a iniciativa privada quer contribuir tanto melhor. Tudo o que fortalece o vínculo da pessoa com a cidade é bem-vindo. Porque, às vezes, as pessoas enxergam a cidade com estranhamento. Uma coisa estranha a elas. E nas cidades que funcionam bem é ao contrário: as pessoas se sentem em casa na cidade. Então, tudo que fortalece, que melhora a ambiência.. Por exemplo: nós tínhamos várias praças aqui que não estavam sendo mais frequentadas e quando a praça não é frequentada fica mais suja do que quando é (frequentada), por incrível que pareça. As pessoas cuidam menos. Nós instalamos 120 equipamentos de internet grátis nas praças, o wifi livre. As praças estão frequentadas e a coisa tá acontecendo. As pessoas saíram de casa. Ninguém quer que você largue a internet, mas você pode fazer isso em um local público, com segurança, iluminado e tal. A última em que fui, em um bairro mais distante, Sapopemba, colocamos LED na praça wifi etc. Eu perguntei ‘é sempre assim aqui?’ – lotado de gente. E a pessoa falou ‘não. Depois que colocaram LED e wifi”. Aí, todo mundo vai para a praça’. Então, são formas de fazer com que as pessoas reaprendam a lidar com a cidade depois de tantos anos de reclusão, né?! Reclusão não é bom para ninguém.

OP - Qual é para o senhor, hoje, o maior símbolo de preconceito em São Paulo? A que tipo de mudança ela resiste mais?

HADDAD - Eu não saberia dizer se tem, assim, um campeão da intolerância. Mas o fato é que nós estamos vivendo tempos no Brasil mais difíceis, né? Tem uma polarização maior e é um pouco preocupante, porque, essas disputas ideológicas não precisavam resvalar em direitos fundamentais, o que está acontecendo e é ruim para a democracia e para alguns de seus princípios básicos. Mas eu acho que não é só em São Paulo, acho que é mais no Brasil que isso recrudesceu nos últimos anos. De 2013 para cá teve a eclosão de movimentos mais até totalitários, de querer impor seu modo de ver. Mas eu diria que São Paulo tem uma vocação de tolerância em função do fato de que é terra de muitos povos, todo mundo veio pra cá, aqui, você não encontra ninguém que não tenha avô migrante ou imigrante. Ou veio do Nordeste, ou veio do Sul, ou veio de Minas, ou veio da Europa, ou veio do Oriente Médio, ou veio da África. Eu sou filho de libanês. Então, tenho São Paulo como uma cidade plural. Ela é muito plural.

OP - O nome do senhor é frequentemente citado como opção futura no PT de candidatura à presidência da República. É possível, faz parte de suas expectativas?

HADDAD - Sabe, quando eu estava no Ministério da Educação viviam me perguntando se eu ia ser candidato a alguma coisa. Sinceramente, quando eu estou em um trabalho, e agora eu estou com um desafio grande que são as eleições de outubro, não consigo projetar, até porque a pergunta envolve o maior cargo da República. Isso não é alguma coisa que alguém possa decidir, entende? É uma coisa que não está na mão de ninguém. O que está à minha mão é fazer um trabalho aqui, tentar defendê-lo durante as eleições e garantir a continuidade de uma coisa em que eu acredito. Mas eu nunca vi um político que não cuida dos seus afazeres presentes conseguir ter êxito no futuro. O segredo da boa política é se concentrar no que você está fazendo. Não se deixar, sabe, levar pela fantasia. Puxa: ganhei um mandato aqui de prefeito, é muita coisa ser prefeito de São Paulo! Fui ministro sete anos. Procurei honrar minha profissão de professor no Ministério assim como aqui (na Prefeitura de São Paulo). Então, acho que é disso que se trata. Sinceramente.

OP - Qual sua expectativa quanto à possibilidade de reeleição?

HADDAD - Vai ser eleição bem difícil, né? Porque tem a questão do Partido (PT) que está em uma situação muito difícil. Tem a economia, que não está ajudando em nada. São desafios importantes. Por outro lado, eu acredito que, mesmo em meio à maior crise política e econômica do País nas últimas décadas, nós temos um projeto que vale a pena. E, portanto, se eu não acreditasse nele, obviamente, que iria para uma eleição sem convicção. Eu tenho muita convicção do que nós estamos fazendo. Muita convicção. E eu vejo gente tão sem convicção fazendo política, tão sem projeto. Entendo que nosso diferencial é que estamos convictos de que nosso projeto é bom. É o único diferencial. Todo o resto depõe contra, a economia, a política do jeito que está. Mas acho que a gente tem um projeto que vale a pena.

OP - Na condição de petista, como o senhor analisa o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, sua correligionária? Um governo Michel Temer representaria quais prejuízos para os planos do senhor, como político e como gestor da maior cidade do País?

HADDAD - Vejo o impeachment como um casuísmo. Se não fosse, todos os governadores reeleitos do país, que também manipularam as operações orçamentárias, estariam passando pelo mesmo processo. E sabemos que isso não ocorrerá. Nesse cenário, a preocupação é saber qual será o rumo que o país vai tomar a partir de agora. Em 2014, elegemos um Congresso que tem colocado em risco uma série de avanços sociais conquistados na última década. É o retorno de um setor da sociedade, sem qualquer representação, que se sentiu prejudicado pelas políticas sociais de distribuição de renda e garantia de direitos. O Brasil de hoje, eu acredito, não cabe no Brasil da República Velha.

 

PERFIL

Fernando Haddad tem 53 anos e filiado ao PT há 26. Ex-ministro da Educação dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, é graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e casado com Ana Estela Haddad, com quem tem dois filhos: Frederico e Carolina. Mestre em Economia e doutor em Filosofia, foi também subsecretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico de Marta Suplicy durante seu mandado como prefeita de São Paulo e, entre 2003 e 2004, integrou o Ministério do Planejamento da gestão Guido Mantega.


BASTIDORES

 

SE COLAR COLOU. APESAR DA LONGA NEGOCIAÇÃO, HAVIA INCERTEZA QUANTO À ENTREVISTA ATÉ PRATICAMENTE A HORA EM QUE ELA COMEÇOU, NA TARDE DA SEGUNDA-FEIRA

 

DE MALAS E BAGAGENS. POR SUGESTÃO DOS ASSESSORES, A REPÓRTER CHEGOU À SEDE DA PREFEITURA, NO VIADUTO DO CHÁ, CENTRO, JÁ COM AS MALAS, PARA SEGUIR DIRETO PARA O AEROPORTO.

 

ENCONTROS E DESPEDIDAS. A CONVERSA DEMOROU 40 MINUTOS E, NUM ÚLTIMO GESTO DE SIMPATIA, O PREFEITO FERNANDO HADDAD PEDE À REPÓRTER PARA FAZER UM SELFIE À SAÍDA. MISSÃO CUMPRIDA.

 

BATE PAPO COM O PREFEITO


Haddad - Você tá aqui há quantos dias?

Repórter - Dois.

Haddad - Mas não é a primeira vez que você vem em São Paulo, né?

Repórter - É sim. Mas eu tenho uma idealização de São Paulo na

minha cabeça.

 

Haddad - Não é apaixonante esta cidade?

Repórter - Demais. Estou indo embora de coração partido.

 

Haddad - Agora, se ela grudou em você em dois dias, você corre o grande risco de vir morar aqui. Ela gruda. São Paulo gruda em você. Eu não consigo ficar longe de São Paulo.

Repórter - Sim. São Paulo acontece. A cidade acontece.

 

Haddad - Isso mesmo. São Paulo acontece.

 

espaço do leitor
Lazio 14/06/2016 09:42
Estou sentido cheiro de "Reportagem Comprada". Querem promover a imagem desse político do PT, pois o referido partido está falido, sem opções, fora o Lula, para disputar a Presidência. Haddad é um fracasso. Perguntem aos paulistanos.
Apaixonado 13/06/2016 17:41
Boa reportagem. Mas o tom da entrevista passa uma imagem de que as mudanças foram, e vem sendo, dadas de graça. Emanada de gestores pura e simplesmente. Qual a prioridade da gestão antes das Manifestações de Junho de 2013, iniciadas justamente em SP, e que impuseram a pauta da mobilidade como prioridade em muitas gestões? Junho de 2013 varreu SP e ganharam força justamente envolta de forte crítica às políticas de mobilidades das gestões anteriores e, inclusive, da gestão de Haddad àquela altura.
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