08/08/2015

O silêncio dos inocentes

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Confira especial Banco Central: o furto que não acabou

Existe um lugar - à margem do cenário cinematográfico que é palco do furto ao Banco Central (BC) - para aonde voltam as lembranças de um rapaz quando o assunto é revolvido: o sofrimento do pai, um funcionário do BC que ficou na mira das desconfianças até que provasse sua fidelidade ao banco. “Ele emagreceu muito... A vida dele foi no Banco Central. Meu pai se tornou tenso, falava pouco”, retrata, sem mais detalhes para preservar a identificação.

 

Até alcançar as 133 pessoas que foram denunciadas (com 94 condenados e 26 ainda aguardando julgamento), o crime quase perfeito colocou muitos sob suspeita no início das investigações. Funcionários do BC também foram postos na berlinda. A Polícia Federal queria a resposta para uma pergunta fundamental: como quatro homens se tornaram invisíveis dentro da caixa-forte do BC enquanto furtavam R$ 164,7 milhões, em notas de R$ 50, durante nove horas? Com o tempo, a PF identificou dois vigilantes terceirizados que informaram aos criminosos o funcionamento da segurança interna da caixa-forte.


Mas demorou para a poeira baixar na casa do rapaz que revive esta história. Sempre que encontravam os parentes distantes, o assunto era escavado outra vez. Dez anos depois do furto ao BC, enquanto olhares e memórias se voltam para o túnel e seus escuros, o rapaz arquiva: “Não faço questão de lembrar. Porque a gente sofreu junto com ele (pai)”.


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