O processo de impeachment, por hora, já está precificado no mercado financeiro, explica o Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. Ou seja, já é esperado pelos investidores. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 1,55% e o dólar teve queda de 1,21%, porém, estas oscilações estavam associadas também ao cenário nos Estados Unidos.
“O mercado já incorporou o impeachment, é mais uma questão de protocolo mesmo do que novidade. Este desempenho de hoje (ontem) está muito ligado ao que acontece no mercado internacional, na expectativa de uma decisão sobre os juros nos EUA”, afirmou o especialista, ressaltando que a discussão sobre os juros no Brasil, que deve ser debatida esta semana no Comitê de Política Econômica (Copom), também deve nortear o comportamento do mercado nos próximos dias.
Alguns indicadores, como o de fluxo cambial, também vem apresentando uma entrada importante em função da proximidade da votação, mas aliado a isso, está o fato do mercado brasileiro continuar atraente em função do preço das ações e da falta de grandes concorrentes.
Para ele, uma melhora efetiva do cenário só vai vir com medidas concretas de ajuste fiscal. As concessões – caso saiam do papel – também podem ajudar a trazer investidores de volta.
Gestão Temer
Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), analisa que é muito difícil que a economia, na gestão Temer, feche com resultados piores do que no ano passado, até porque a inflação por si já vem perdendo força, mas o que se questiona é o preço a ser pago. “Se esta recuperação vai vir pela piora dos indicadores sociais e da distribuição de renda”. (Irna Cavalcante)
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