As chamas da retração econômica estão menores, mas ainda não foram debeladas, apesar de uma melhora no cenário a partir do próximo ano. Com essa perspectiva e fatores internos e externos, empresas e fundos internacionais podem investir nos ativos do programa de concessão do Governo estadual. O governador, Camilo Santana apresentou ontem na Fiec, os 10 ativos iniciais do Estado a serem estudados e trabalhados pelo programa, que será lançado em edital até o final do ano. O dinheiro que será empregado virá de ações de private equity (capital de risco) e eventualmente podem ter participação de fundos de investimentos, ou dos sócios das próprias empresas. Assim avalia André Barbosa, diretor da Assist. Para estruturação da dívida, entram os bancos nacionais (Caixa e BNDES) e internacionais (CAF) e/ou bancos internacionais e emissão de debêntures de infraestrutura. “Todos esses recursos estão diretamente dependentes das qualidades das garantias e seguranças das receitas”, reforça.
Para que os projetos decolem, é preciso que o cenário do País forneça previsibilidade para quem tem o capital. “O grande desafio está em conseguir alternativas de financiamento ou investidor capitalizado para grandes projetos. O crédito está mais escasso e caro, e a composição do BNDES para financiamento também não está disponível como no passado”, considera André. No caso do investidor internacional, a situação é de curiosidade e interesse com relação ao País. Mas recuam por causa da nota de crédito que o País possui.”Sem dúvidas é um aspecto negativo. O programa de concessão ocorre num momento de turbulência. Isso pode afastar os investidores estrangeiros e reduzir muito o preço dos ativos”, aponta Lauro Chaves, professor de Economia pela Universidade Estadual do Ceará (Uece).
Alguns ativos do programa de concessões estadual são mais atraentes que outros. Motivo: capacidade de retorno rápido. No escopo adianta que o Cinturão Digital, a Ceasa e os terrenos são mais tangíveis. Outros, contudo, enfrentariam problemas para desencalhar. “Considero o Metrofor um grande desafio. As receitas não serão suficientes para pagar a operação. O custo de capital é muito alto. É um projeto difícil de fazer”, avalia André Barbosa. A concessão da CE-040 entraria no debate público. “Pode até ser viabilizada, mas como seria o comportamento do público em pagar pedágio numa rodovia construída pelo Estado?”, questiona.
No âmbito dos investidores, empresas locais, nacionais e estrangeiras sairiam ganhando. “Os terrenos estimulam o mercado imobiliário do Ceará. A Ceasa estimularia um player de hortifrúti interessado na logística. E o Cipp, os investidores seriam internacionais”, afirma.
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