Para garantir o empreendimento, no entanto, as exigências são altas. O secretário de finanças de Cascavel, Rocha Neto, explica que dentre as condições postas para Estado e municípios, além de benefícios fiscais, estão melhoria das estradas, energia, água, além de saneamento básico em toda cidade.
Hoje, o percentual de saneamento na área urbana de Cascavel é de 2%, explica. Mas, ele está confiante que as metas serão atingidas até o início das operações do hotel - sem previsão revelada - sobretudo, em função de uma negociação que está em andamento para trazer um investimento de US$ 1 bilhão, a fundo perdido, com um banco do Catar, para as obras de infraestrutura nas três cidades escolhidas.
Para a coordenadora do Departamento de Turismo, Hospitalidade e Lazer do Instituto Federal do Ceará (IFCE), Rúbia Valério, além dos impactos diretos, como aumento na geração de empregos, a visibilidade que um empreendimento deste porte pode trazer, se concretizado, vai gerar um efeito em cadeia para o turismo de todo o Estado. Além de estimular a concorrência do setor hoteleiro.
Já o professor de geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Alexandre Pereira, alerta, no entanto, que é preciso ficar atento também para os impactos ambientais relacionados. Ele diz que hoje o espaço litorâneo não conta com um sistema público de abastecimento de água e que muitos hotéis de grande porte têm buscado soluções na extração de água em aquíferos subterrâneos. “Estes aquíferos têm um limite. No médio e longo prazo, em áreas em que a penetração é intensa pode ocorrer a salinização e a contaminação da água doce”.
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