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A cobrança do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre a venda de produtos de beleza no atacado começa em 1º de maio, mas já causa impacto no varejo.
Muitos empresários do ramo adotam estratégias para driblar a alta da tributação e não perder consumidores em um ano já afetado pelo crescimento fraco e dólar alto.
Ao notar a diminuição da frequência de suas clientes, a proprietária da esmalteria Feito à Mão, em São Paulo, Vanessa Scici, passou a oferecer outros serviços.
“A manicure é para ser consumida toda semana, mas desde o fim de janeiro, muitas clientes passaram a vir a cada 15 dias. Por isso, resolvi oferecer escova e hidratação”, diz a empresária, que irá embutir o acréscimo do IPI nos novos produtos.
“Não posso aumentar o valor de um serviço que é meu carro-chefe”, explica.
Sofrerão a cobrança os produtos considerados supérfluos pelo governo, como maquiagem e esmaltes. Ficarão de fora xampu e sabonete.
O governo alega que a cobrança do IPI resolve uma brecha que permitia que as empresas pagassem menos do que deveriam.
As indústrias, que já pagam o imposto sobre suas vendas, comercializam seus produtos a preços mais baixos para a empresa atacadista do mesmo grupo, diminuindo a base de cálculo do IPI. Com a mudança, o governo quer arrecadar R$ 653 milhões por ano.
A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) estima mais que o dobro: R$ 1,5 bilhão por ano. “O governo precisa arrecadar dinheiro de alguma forma e nós estamos pagando o preço pelo nosso crescimento”, diz o presidente da associação, João Carlos Basílio.
O setor de higiene e beleza brasileiro cresce a taxas de dois dígitos, na média, há quase duas décadas. No ano passado, foi menor, de 4%.
Basílio terá uma reunião com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, na próxima quinta-feira, mas não está otimista. A cobrança é parte de um pacote para aumentar a arrecadação.
Seu bolso
Marcelo Schulman, presidente da Vita Derm Cosméticos, tem negociado com fornecedores para tentar minimizar o impacto da alta de preços para os clientes.
“Estamos buscando produtos similares para não repassar todo o aumento, mas os ajustes são inevitáveis e devemos aumentar o preço de alguns itens, como a coloração, em 7% a 8%”, conta.
Basilio, da Abihpec, calcula que o IPI aumentará os preços do setor, em média, em 12% acima da inflação.
A cobrança do tributo deve afetar também os investimentos em inovação. “O setor estava entre os três que mais investiam em inovação. (da Folhapress)
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