[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] A periferia faz grife | DOM. | O POVO Online
Nacionais e internacionais 19/01/2014

A periferia faz grife

No Mondubim, produtos de marcas como Brooksfield, Crawford, VR, John John e La Martina são produzidos. A operação envolve vários continentes, coordenada por um engenheiro têxtil com 30 anos de experiência no setor
notícia 5 comentários
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Andreh Jonathas andreh@opovo.com.br
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Com frequência, o empresário Carlos Antunes telefona para Cleto Montenegro falando de negócios. Engenheiro têxtil com 30 anos de experiência e empresário da Black Hill Produtos Têxteis, Cleto coordena a produção de shorts, bermudas e calças para a Brooksfield, famosa grife de roupas da qual Carlos Antunes é diretor-presidente. O design é italiano, o tecido é indiano e a confecção é feita no Mondubim. As nacionais John John, Crawford, Siberian, VR e a argentina La Martina também confiam roupas a Cleto.


A fábrica tem cerca de seis mil metros quadrados, emprega 150 funcionários e gera 450 empregos indiretos. Concentra, em bairro periférico de Fortaleza, a confecção de marcas refinadas direcionadas à classe A. Por ano, passam pelas mãos desses cearenses cerca de 900 mil peças que podem custar R$ 400 a unidade. “Chego a um grande shopping center em São Paulo, como o Morumbi, olho 360 graus e vejo que nossos produtos estão praticamente com as principais marcas brasileiras”, orgulha-se Cleto, em entrevista ao O POVO.


Mas por que é tão caro um produto que é produzido aqui ao lado? Cleto ressalta que a qualidade da matéria-prima, a exclusividade dos modelos e dos cortes no Brasil, a marca e a decisão do público-alvo pesam na composição do preço. É o chamado target price (preço alvo). “Quem produz a malha para mim no Peru é o mesmo que produz para a Lacoste, Ralph Lauren e Armani”.


O empresário cita como exemplo o custo da tinturaria. Há corantes de solidez 1 a 5. Os mais simples custam R$ 5 cada 100 gramas. Suportam só quatro ou cinco lavagens sem desbotar. O produto de solidez 5 pode chegar a R$ 500 para 100 gramas, mas resiste a alvejantes e nunca desbota. “Você está agregando valor. Tem máquinas, por exemplo, que dão o laço de forma que o botão nunca caia”, diz Cleto. Ele reforça que há um grande investimento em marketing, o custo do shopping e impostos.


Sem alavancagem

Localmente, a Black Hill desenvolve produtos para a Bransk, Hammel, Häufen e Zefirelli, este último, conforme Cleto, o principal cliente, para quem fornece há 15 anos. Mas ele tem uma queixa: alavancagem financeira. Afirma não conseguir dinheiro nem investidor para ampliar o negócio.

 

O empresário revela já ter sido sondado e convidado por outras grandes marcas, como a Dudalina (camisetaria), Hi Steel (camisas polo) e Apa (ternos), por exemplo. “Os bancos não são parceiros. Há uma facilidade para microempresários. Outros que têm facilidade são os gigantes. Para o middle markert (médias empresas), o meu caso, há uma dificuldade extraordinária”. Cleto não revela o faturamento, mas diz ter média de crescimento de 20% ao ano.

 

dicionário


Target price. Alvo de custeio é uma forma de definir um preço máximo para o produto, de acordo com o público-alvo que se quer atingir.


Middle markert. Refere-se a empresas de médio porte, no Brasil, com faturamento de R$ 30 milhões a R$ 400 milhões por ano.


Alavancagem financeira. É a multiplicação da rentabilidade por meio do endividamento. A empresa contrata empréstimo ou fecha com investidores para ampliar as atividades e faturar mais.

 

SAIBA MAIS


O primeiro estágio de Cleto Montenegro foi na Tomás Pompeu Fiação e Tecelagem, que funcionava onde hoje está o novo Beco da Poeira, na avenida Imperador, 546.


No mercado de luxo, as marcas preferem não fazer promoções ou vender à vista, característica que não foi possível eliminar no Brasil. Mesmo assim, as grifes optam por não sair da classe A.


A Vilebrequin, marca francesa de shorts, produz o tecido na Itália e confeccionado o produto na Turquia. O empresário Cleto Montenegro tentou trazer a fabricação dessa grife para Fortaleza. O argumento foi produzir a mesma quantidade por um custo menor.


“Somos tradicionalistas e nós não estamos preocupados com o preço” foi a resposta que ele recebeu. A Vilebrequin vende um short por 180 euros, cerca de R$ 540.

 

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espaço do leitor
Amanda 31/03/2014 11:03
Babaquice muita gente sabe que o que o Sr. Cleto fala é metade mentira, os bancos nao liberao credito porque ele deve muito. Alem de ser um empresario sem moral nenhuma todos os funcionarios sao antas, o debilmentais ou um bando de vaca que ele tem que tanger. Me poupe esse tipo de materia.
Carlos estêvão Rolim Fernandes 20/01/2014 09:13
Conta rápida: 900mil vezes 400 dá 360 MILHÕES! Quanto será que ele gasta com os 150 funcionários (aposto que não chega a 300mil). Mesmo com custos elevados a conta é destoante. Conclusão: criar emprego é muito bom mas aí já é exploração de mão-de-obra barata.
Reginaldo Sousa 19/01/2014 16:48
qual o endereço completo
Reginaldo Sousa 19/01/2014 16:48
digite seu comentário
Reginaldo Sousa 19/01/2014 16:44
onde fica essa empressa...queria enviar meu Curriculum ....
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