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O assassinato da turista italiana Gaia Barbara Molinari, 29, completa amanhã dois anos sem que as investigações sobre o caso tenham um desfecho. Neste intervalo, o crime repercutiu internacionalmente e se tornou sinônimo de impunidade, chamando atenção pelas prisões questionáveis realizadas pela Polícia Civil. Das três principais pessoas apontadas como suspeitas do crime, nenhuma teve a participação comprovada no homicídio, que permanece sem autoria identificada.
Na última terça-feira, 20, O POVO procurou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para saber dos avanços do inquérito, que já passou pelas mãos de cinco delegados e por quatro delegacias. Entretanto, por meio de nota, a Polícia Civil informou apenas que “as investigações seguem em andamento”. Atualmente, o caso está com o Departamento de Polícia Especializada (DPE), dirigido por Romel Kerth.
O POVO não conseguiu contato com o delegado.
Gaia
Na manhã do dia 25 de dezembro, Gaia foi encontrada morta, com sinais de estrangulamento, na localidade de Serrote, próximo à trilha que dá acesso à Pedra Furada.
Prisões
Em seguida, Mirian França, que inicialmente foi ouvida como testemunha, teve a prisão decretada. Ela teria apresentado versões contraditórias sobre o dia do crime. Mirian permaneceu presa por 15 dias e foi solta após pressão e defesa exercidas por representantes dos Direitos Humanos.
No último mês de março, o sobralense Douglas Sousa foi capturado. Ele trabalhava no hotel ao lado do estabelecimento onde Gaia estava hospedada e permaneceu 44 dias preso. Quando ele foi solto, a Polícia Civil informou que ele continuava suspeito do crime.
Ponto de vista
Karl Böhler, amigo de Gaia Molinari In memoriam
Gaia Molinari
O dia 25 de dezembro 2014 foi o pior da minha vida. Foi quando falei com uma mãe, por telefone, para informá-la que a filha dela tinha sido assassinada. Nunca vou esquecer os gritos, o choro, a dor na voz e a incompreensão da situação. Foi simplesmente horrível. Justamente no começo do Natal, a Festa do Amor, como costumamos chamar no meu País, a Alemanha.Passaram-se dois anos e ainda não prenderam o autor do crime. Perdi a esperança que isso aconteça um dia. Fico triste, com raiva e sem entender como é possível tirar uma vida e não ter que assumir a responsabilidade. E fico com medo, muito medo de que uma pessoa maravilhosa como a Gaia seja simplesmente esquecida.
Naquele ano, fizemos um amigo secreto de Natal. Por acaso, ela que me deu o presente. Foi uma noite inesquecível. Ela foi para Jericoacoara no dia seguinte e nunca mais voltou. O que se seguiu depois foi um pesadelo. Desde então, são poucos os dias em que não penso nela. A vida segue o seu ritmo normal. Mas, em Jericoacoara, há um assassino em liberdade. A festa de Natal nunca mais vai ser a mesma para mim. Era alegria, felicidade, despreocupação. Hoje é tristeza infinita.
Feliz Natal para todos!
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