[an error occurred while processing this directive] Caso Gaia completa dois anos de impunidade e de espera por respostas | O POVO
Caso Gaia 23/12/2016

Caso Gaia completa dois anos de impunidade e de espera por respostas

Desde a morte da italiana Gaia Molinari, três pessoas foram presas ou detidas. Todas foram liberadas. Caso já passou por cinco delegados
notícia 3 comentários
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Thiago Paiva thiagopaiva@opovo.com.br
REPRODUÇÃO INTERNET
Gaia Molinari estava em Jijoca de Jericoacoara e foi encontrada morta no dia 25 de dezembro de 2014

O assassinato da turista italiana Gaia Barbara Molinari, 29, completa amanhã dois anos sem que as investigações sobre o caso tenham um desfecho. Neste intervalo, o crime repercutiu internacionalmente e se tornou sinônimo de impunidade, chamando atenção pelas prisões questionáveis realizadas pela Polícia Civil. Das três principais pessoas apontadas como suspeitas do crime, nenhuma teve a participação comprovada no homicídio, que permanece sem autoria identificada.

 

Na última terça-feira, 20, O POVO procurou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para saber dos avanços do inquérito, que já passou pelas mãos de cinco delegados e por quatro delegacias. Entretanto, por meio de nota, a Polícia Civil informou apenas que “as investigações seguem em andamento”. Atualmente, o caso está com o Departamento de Polícia Especializada (DPE), dirigido por Romel Kerth.

O POVO não conseguiu contato com o delegado.


Gaia

Gaia era relações públicas de uma multinacional francesa. Residia em Paris, mas era natural de Piacentina, uma província localizada no Norte da Itália. Desembarcou em Fortaleza em 16 de dezembro e se hospedou numa pousada, no Centro, a convite de um amigo. No local, conheceu a carioca Mirian França, com quem viajou até Jijoca de Jericoacoara, no Litoral Oeste. A previsão de retorno das duas era 24 de dezembro. A italiana permaneceria na Capital e Mirian seguiria para Canoa Quebrada, no Litoral Leste. Porém, apenas a carioca embarcou no ônibus.

 

Na manhã do dia 25 de dezembro, Gaia foi encontrada morta, com sinais de estrangulamento, na localidade de Serrote, próximo à trilha que dá acesso à Pedra Furada.


Prisões

Mais de 50 pessoas foram ouvidas no inquérito sobre a morte. A primeira pessoa a ser detida foi um homem natural de Jijoca, com deficiência. Ele foi trazido até Fortaleza para realizar exames e foi liberado em seguida. Na ocasião, a Polícia Militar justificou que havia a possibilidade de linchamento do suspeito por parte da população, motivo pelo qual ele foi detido para averiguação.

 

Em seguida, Mirian França, que inicialmente foi ouvida como testemunha, teve a prisão decretada. Ela teria apresentado versões contraditórias sobre o dia do crime. Mirian permaneceu presa por 15 dias e foi solta após pressão e defesa exercidas por representantes dos Direitos Humanos.


No último mês de março, o sobralense Douglas Sousa foi capturado. Ele trabalhava no hotel ao lado do estabelecimento onde Gaia estava hospedada e permaneceu 44 dias preso. Quando ele foi solto, a Polícia Civil informou que ele continuava suspeito do crime.

 

Ponto de vista


Karl Böhler, amigo de Gaia Molinari In memoriam

 

Gaia Molinari

O dia 25 de dezembro 2014 foi o pior da minha vida. Foi quando falei com uma mãe, por telefone, para informá-la que a filha dela tinha sido assassinada. Nunca vou esquecer os gritos, o choro, a dor na voz e a incompreensão da situação. Foi simplesmente horrível. Justamente no começo do Natal, a Festa do Amor, como costumamos chamar no meu País, a Alemanha.

Passaram-se dois anos e ainda não prenderam o autor do crime. Perdi a esperança que isso aconteça um dia. Fico triste, com raiva e sem entender como é possível tirar uma vida e não ter que assumir a responsabilidade. E fico com medo, muito medo de que uma pessoa maravilhosa como a Gaia seja simplesmente esquecida.


Naquele ano, fizemos um amigo secreto de Natal. Por acaso, ela que me deu o presente. Foi uma noite inesquecível. Ela foi para Jericoacoara no dia seguinte e nunca mais voltou. O que se seguiu depois foi um pesadelo. Desde então, são poucos os dias em que não penso nela. A vida segue o seu ritmo normal. Mas, em Jericoacoara, há um assassino em liberdade. A festa de Natal nunca mais vai ser a mesma para mim. Era alegria, felicidade, despreocupação. Hoje é tristeza infinita.


Feliz Natal para todos!

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espaço do leitor
silvio 24/12/2016 11:51
essa policia nao descobre nem carrapato em bunda de cachorro...
Rafael Dascaras 23/12/2016 10:46
Agora se fosse uma Policial que tivessem matado já teriam matado todos os nativos da praia de Jeri, Policia Brasileira é um Lixo, ineficiente, corrupta e partidária.
Dr. Mundico 23/12/2016 10:22
Mais um desses tantos crimes insolúveis que entrarão para o arquivo-morto da polícia. Tivesse sido com alguém importante ou até mesmo alguém da polícia, o criminoso seria preso em 24 horas.Sem querer fazer ligações, mas Jericoacoara é uma feira de drogas, um refúgio para traficantes e vagab.undos de todo o país.É um ambiente nocivo,marginal, sujo, onde não tem nada de belo.É uma arapuca para desavisados e colônia de férias de maconheiros.Feliz Natal!
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