Funcionários de cemitério relatam visitantes "inusitados"
É até senso comum. Mas qualquer um crente na existência do que há além do plano físico vê cemitérios como símbolos do desconhecido. Enigmas e lendas de assombrações temperados ainda pela literatura e cinema. Até mesmo pela realidade e rotina de trabalho, não faz nem muito sentido entre os funcionários do cemitério Parque Bom Jardim terem algum medo do tipo. Mas a regra geral é seguir o ditado “Não acredito, mas que existem, existem”.
Evanda Braga, 39, trabalha no setor administrativo do cemitério há 14 anos. Tempo suficiente para se deparar com situações, no mínimo, intrigantes. Ela conta que estava descansando um pouco após o almoço quando viu saindo em disparada do banheiro um menino. “Tava só de calção e tinha o cabelinho cortado parecendo índio. Olhei aquilo e vi que não fazia sentido. No outro dia, o vigilante me contou que à noite tinha visto o mesmo menino brincando entre os jazigos e depois sumiu”, conta.
De fato, nada de “Perna cabeluda”, “Loira do banheiro” ou outros personagens que o folclore e a cultura popular incutem na cabeça dos mais crédulos. Os relatos de quem já viu algo fora do normal por lá são sempre de terem visto pessoas estranhas àquele lugar.
“Um dia desses cheguei aqui cedo e vi uma mulher no portão conversando com outras pessoas que trabalham aqui. Depois perguntei para eles quem era e ele disse que não tinha falado com ninguém. Insisti que ela tinha uma blusa branca e a calça preta. Passei o dia impressionado e depois disseram que tinha uma mulher me chamando naquele setor ali. Não tinha ninguém, mas acho que ela mora lá”, relata o coveiro.
Independentemente da crença ou da existência, a tática escolhida por Raimundo parece a mais lúcida para encarar o trabalho no cemitério. “Os que já foram não vão fazer mal nenhum. Quem pode assustar a gente é quem tá vivo”, finaliza. (João Marcelo Sena)
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Parque Bom Jardim www.opovo.com.br/galeria
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