Ensino médio 23/09/2016

Mudança prevê que estudante escolha disciplinas no ensino médio

Governo quer que grade nos períodos finais do ensino médio seja escolhida pelo aluno. Calendário será dividido em semestres
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Luana Severo luanasevero@opovo.com.br
O POVO discutiu as possibilidades de mudança no Enem em 3/9/16

A partir de 2017, o ensino médio no Brasil vai ser diferente. Estudantes terão 600 horas a mais de aula, receberão formação técnica e profissional e terão de, nos últimos três semestres de estudos, escolher as disciplinas que querem estudar — desde que estas componham as quatro áreas de conhecimento exigidas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Sociais e Humanas.

 

A mudança — a maior desde a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996 — foi anunciada ontem pelo presidente Michel Temer (PMDB) e pelo titular do Ministério da Educação (MEC), Mendonça Filho, em Brasília.


Após publicado no Diário Oficial da União, o texto da Medida Provisória (MP) tem até o fim do ano para ser aprovado pelo Congresso Nacional. Em paralelo, uma reforma do ensino médio já tramita na Câmara dos Deputados, por meio do Projeto de Lei (PL) 6.480/2013.


“A partir de agora, os jovens poderão escolher um currículo mais adaptado às suas vocações, aspirações e planos”, projetou o presidente. E completou: “No nosso governo não haverá redução de verba para Educação”.


A MP prevê ainda que o calendário escolar será dividido em semestres, não mais em anos. Assim, a cada seis meses o aluno terá a possibilidade de trancar a matrícula e retornar, quando for conveniente, de onde parou. Além disso, a reforma atinge diretamente os professores: conforme o texto, podem ser contratados “profissionais com notório saber para ministrar aulas em disciplinas da parte técnica e profissional do currículo”.


Taxando de “falido” o modelo atual de gestão do ensino médio, o ministro disse que o Brasil “caminha na contramão do mundo” e que o novo sistema moderniza o ensino ao pôr o jovem como protagonista da própria história.


O Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) é favorável às mudanças. Presente na solenidade, o presidente da entidade, Eduardo Deschamps, disse que o órgão havia apresentado ao menos três propostas para a reforma do ensino médio, mas, só “agora, o Ministério da Educação acatou a maioria das nossas sugestões”.


Para executar o novo modelo, a União destinou R$ 1,5 bilhão até o fim de 2018. Cada escola que aderir vai receber R$ 2 mil anuais por aluno.


Procurada pelo O POVO para repercutir regionalmente a proposta, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que, antes de se pronunciar, vai avaliar cada ponto apresentado pelo MEC.

Números

 

R$ 1,5 bi é o investimento que será feito ao longo dos próximos dois anos para o ensino integral

 

50% do currículo será de disciplinas obrigatórias, e a outra metade de livre escolha

 

Mudanças

 

Flexibilização do currículo, com uma base nacional comum a todos por metade da etapa e depois a escolha entre cinco eixos de interesse (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e ensino técnico)


Carga horária mínima aumenta gradualmente de 800 horas anuais para 1.400, no ensino integral — ou seja, 7 horas diárias


Módulos e sistemas de créditos, como cadeiras feitas no ensino superior, serão adotados


Português, matemática e inglês são as únicas disciplinas obrigatórias nos três anos


Não é obrigatório o ensino de espanhol como língua estrangeira


Profissionais sem formação de professor podem ser contratados para aulas no módulo técnico conforme seu notório saber em áreas afins a sua formação


Investimento de R$ 1,5 bilhão para implementação de ensino integral

 

O POVO online

Veja texto da MP comentado pelo Ministério da Educação

http://bit.ly/2deSlOL

espaço do leitor
Moacir Henrique 20/12/2016 23:32
Muito oportuno e prático, haverá mais interesse do aluno por suas matérias preferidas.
Viva o Siqueirão 25/09/2016 14:32
"Notório Saber"? Eita, os bichos da direita rasgaram meus diplomas agora. "Control C e Control V" naquele trecho da lei 8.666, e na maciota, lascaram os concursados numa lapada só. Parece produto tabajara de hipócritas golpistas. Aposto que o Dr. Ribeiro senador dos mafiosos vai apoiar.
Pietro Cans 24/09/2016 09:57
ô Pedro Bó, menos, menos Pedro Bó!
PEDRO BATISTA 23/09/2016 14:33
Profissionais sem formação de professor. ABSURDO
Eduardo Silva 23/09/2016 11:31
Mudança? Que mudança? É um verdadeiro retrocesso. Principalmente esse extermínio velado de algumas licenciaturas. Aposto que não irão publicar.
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