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Após seis meses consecutivos de queda, o número de homicídios voltou a subir no Ceará. Em agosto último, foram registrados 356 assassinatos no Estado. Houve, em média, 11 mortes por dia. Numa comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 15,6%. Em 2014, foram 308 casos. Em comparação com o mês de julho último, o crescimento foi de 36%. Apesar do resultado de agosto, no acumulado do ano, houve queda de 11,1% no índice.
Para a governadora em exercício, Izolda Cela, a piora no mês passado está relacionada a ocorrências de duplos homicídios, chacinas e fugas de centros educacionais e delegacias.
A informação do aumento dos homicídios já havia sido antecipada pela coluna Vertical, do O POVO, na última segunda-feira, 31. “Perdemos o mês, com relação às metas, por conta de alguns episódios mais dramáticos e mais gravosos”, lamentou Izolda, durante a divulgação dos números, na manhã de ontem.
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Em entrevista coletiva na Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Izolda disse que, por conta de eventos e manifestações ocorridas no período, o plano de segurança foi alterado, deslocando equipes, desfalcando algumas áreas e prejudicando o policiamento ostensivo, o que impactou nos índices de criminalidade. Ao todo, houve 14 ocorrências com mais de um óbito, deixando 36 pessoas mortas.
Metas
No ano passado, a queda registrada em agosto, com relação a 2013, foi de 15,6%. As mortes passaram de 365 para 308.
Neste cenário, setembro deve apresentar ainda mais dificuldades para a SSPDS. Em 2014, a redução alcançada no mês foi de 22,3%, o melhor resultado do ano.
Izolda Cela destacou, porém, que as estatísticas de agosto foram positivas na apreensão de armas (572) e na elucidação de crimes considerados mais graves, o que pode ajudar no alcance da meta em setembro. “São pontos que nos levam a ter uma visão positiva para seguirmos, progressivamente, nesta tarefa dura e complexa. Não temos ilusões com relação a receitas imediatas. Mas temos a certeza de que, seguindo nesta rota, temos a possibilidade de melhorar”, indicou, ao destacar que há um concurso para a Polícia Civil em andamento e a construção de novos centros educacionais, o que deve desafogar as unidades existentes e reduzir os casos de fuga.
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