[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] A Casa Sol Nascente reúne a história de muitas vidas | O POVO
Somos Todos Humanos 01/09/2015

A Casa Sol Nascente reúne a história de muitas vidas

A Casa de Apoio Sol Nascente, há 14 anos, é abrigo para adultos soropositivas e crianças que sofrem as consequências do HIV, tendo ou não a doença. É também local de resgate da dignidade e da autoestima
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Angélica Feitosa angelica@opovo.com.br
EDIMAR SOARES
Na Casa de Apoio Sol Nascente, o único compromisso das crianças, além de estudar, é brincar
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O pula-pula na varanda da casa é bem concorrido. Desde que chegou à Casa de Apoio Sol Nascente, no Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU), no bairro Castelão, ainda este ano, o brinquedo é disputado, na fila, durante todo o tempo em que a diversão é liberada. “Agora é a minha vez”, frisa, com a impaciência do alto dos seus oito anos, o menino de short azul, aos pés da escada que leva ao passatempo. Atrás dele, uma reca espera a vez da brincadeira.

A obrigação dele e das outras 11 crianças, entre um e 14 anos, atendidas pela Casa de Apoio Sol Nascente, além da escola, é de somente ser menino ou menina. “Na maior parte do tempo nos esquecemos de que algumas delas são soropositivas. Até porque não importa. Nós as tratamos simplesmente como crianças”, avisa a assistente social da instituição, Juliana Marcelino. Ela comenta que a casa para crianças acolhe uma menina de 14 anos. “Nós estamos tão apegados a ela, que nem levantamos a possibilidade de transferi-la para outro abrigo”, conta ela. E acrescenta: “O amor foi a nossa escolha”.


A Sol Nascente existe há 14 anos, dentro do CEU, com o objetivo de levar cuidado – e amor - para as crianças soropositivas ou não, vítimas de abandono por causa da doença nos pais ou, simplesmente por causa da falta de condições para o cuidado. A casa de adultos, que também acolhe pessoas com aids, passou a funcionar dentro do Condomínio em 2012, e tem atualmente dez homens e sete mulheres.


“Eu gosto demais daqui. Eles têm cuidado com a gente. Dão comida, remédio, levam para médico. É muito bom”, conta a mulher de 36 anos, de rosto magro e pele negra, que ainda se acostuma com a rotina da casa. Ela chegou com os três filhos de Crateús, a 354 quilômetros de Fortaleza, no dia 14 de agosto deste ano. Dos meninos (uma adolescente de 13, um menino de oito e uma menina de nove anos), apenas a mais nova tem a doença. “Sinto falta do meu homem, do meu companheiro. Mas eu sei que ele tá em casa, me esperando, pra quando eu voltar e a gente continuar a vida”.


A casa

Na casa das crianças, são três quartos – um para os meninos e dois para as meninas. No reduto masculino, o tema é um safári – com girafas e elefantes. No feminino, é o fundo do mar.

Todas as datas são comemoradas. Juliana Marcelino diz que o aniversário da menina de quatro anos, na próxima semana, não deve passar em branco. “A gente tenta fazer com que as crianças se sintam como numa família”, conta. Uma parte das crianças da instituição está em processo de adoção. A outra parte, ainda mantém vínculo com a família.


Na parede da casa, a inscrição História de Muitas Vidas resume bem a missão da instituição: dar cuidados às crianças. E devolver a dignidade aos adultos.

Saiba mais


A Casa de Apoio Sol Nascente é uma das oito entidades que compõem a iniciativa Somos Todos Humanos (STH) 2015, realizada pelo Grupo de Comunicação O POVO e a Fundação Demócrito Rocha.


A campanha conta com o envolvimento de quatro instituições de ensino, oito entidades beneficentes e o apoio do Sindicato das Agências de Propaganda do Ceará (Sinapro-CE). As campanhas publicitárias abordam o trabalho desenvolvido por oito entidades beneficentes com atuação reconhecida, selecionadas pela coordenação do projeto. O STH 2015 convidou ainda quatro instituições de ensino superior de Fortaleza, que possuem o curso de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda e de Design.


Até 10 de outubro, todas as mídias do O POVO trazem peças criadas pelos alunos para as entidades. São oito semanas seguidas de veiculação, uma por entidade, com estreia aos domingos seguindo até o sábado seguinte. Todas as peças são reunidas no site http://bit.ly/1EwL6sG.


Os alunos participantes que tiveram suas peças escolhidas concorrem ao Troféu Orlando Mota, criado pelo Grupo de Comunicação O POVO em parceria com o Sinapro-CE. Além do troféu, os criadores das três melhores campanhas, escolhidas pelo Sinapro, vão ganhar estágios em agências filiadas ao sindicato.A premiação será no almoço do Prêmio Melhores Empresas Para Trabalhar, realizado pelo O POVO e Great Place to Work (GPTW), dia 16 de outubro, no buffet La Maison.


A ação teve início em 2014, quando 12 agências de propaganda foram convidadas a desenvolverem campanhas publicitárias voltadas para o combate aos preconceitos social, racial, orientação sexual e religioso.

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