banco central. o furto que não acabou 21/07/2015

Furto ao Banco Central: Os foragidos

Dois cavadores do túnel nunca foram presos pela Polícia Federal
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Demitri Túlio demitri@opovo.com.br
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Cláudio Ribeiro claudioribeiro@opovo.com.br

Confira especial sobre o furto ao Banco Central 

Sinal que alguém havia acabado de sair dali. A rede atada no alpendre da casa ainda balançava, estava quente. Minutos antes de a Polícia Federal (PF) invadir a fazenda, o assaltante do Banco Central (BC) Juvenal Laurindo percebeu a movimentação e desapareceu na escuridão da mata em Bela Aliança, distrito do município cearense de Boa Viagem.

 

O barulho de um jumento, que se espantou com a presença quase invisível da equipe do delegado Antônio Celso dos Santos, 56, teria sido o alerta para Juvenal Laurindo, vulgo Carca. E o imprevisto que pôs por terra uma campana de meses para prender o foragido.
Juvenal e Antônio Artenho da Cruz, apelidado por Bode, ainda hoje são as peças que faltam no jogo de xadrez da investigação bem sucedida coordenada pelo delegado Antônio Celso. “É uma frustração pessoal. Eles são os únicos envolvidos diretamente na escavação do túnel que não conseguimos prender”.

 

Juvenal Laurindo, condenado a 58 anos de prisão por furto qualificado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, teve sorte duas vezes. Em 2008, a operação que daria em sua prisão foi pensada em detalhes. Para invadir o lugar onde se escondia o assaltante, Antônio Celso conta que passou semanas mapeando a rotina do entorno do esconderijo.

 

O aparato foi montado para que os policiais federais chegassem no mesmo horário que passava um caminhão de boias frias perto da propriedade de Juvenal. “Todo mundo foi paramentado como se fossem boias frias, em um caminhão do mesmo modelo. Para não levantar suspeita”, lembra.

 

Em determinado lugar, conta Antônio Celso, os policiais deixaram o veículo e seguiram a pé no breu da caatinga. “Chegamos a ver as luzes da casa acesas, onde ele estaria”. Mas, o ruído do animal fez Juvenal correr silenciosamente para o lado de uma serra no meio da escuridão. “Não deu mais para localizá-lo”, lamenta o delegado que investigou o caso do furto ao BC por ininterruptos cinco anos.

O Bode
Antônio Artenho da Cruz, conhecido entre os assaltante por Bode, foi condenado a 27 anos e 7 meses de prisão por furto qualificado ao BC de Fortaleza, por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Em dez anos, a Polícia Federal esteve perto de capturá-lo em apenas duas situações, as duas vezes na fazenda do pai do procurado da Justiça brasileira.

 

Em uma das ocasiões, os agentes do delegado Celso seguiram os passos de uma pessoa desde São Paulo. Escutas telefônicas davam conta que o emissário paulista, um personagem na teia da lavagem dos milhões furtados em Fortaleza, entregaria “um dinheiro” para Antônio Artenho em Boa Viagem, no Ceará.

 

“Fizemos todo o acompanhamento. Quando o indivíduo chegou pra entregar o dinheiro, nós cercamos a fazenda e o prendemos na hora do encontro dele com familiares do Bode”.

 

O fugitivo, de acordo com Antônio Celso, estava a 100 ou 200 metros da casa, num córrego. Quando percebeu a agitação fora do normal e vozes, sumiu a exemplo de Juvenal Laurindo.

 

Dez anos depois do maior assalto a um banco no Brasil, o delegado Antônio Celso, aposentado da Polícia Federal desde 2012, revela que recomeçaria a investigação do BC pela busca aos foragidos Antônio Artenho da Cruz e Juvenal Laurindo. “São os dois que faltam. Foram condenados, participaram diretamente do furto e das escavações do túnel, mas infelizmente não chegamos a eles”, afirma.

 

Em um interrogatório na Justiça, em 1º/11/2007, a esposa de Artenho disse que o marido havia sido sequestrado e extorquido por supostos policiais civis ou militares de São Paulo. Eles teriam tomado dele R$ 200 mil ou R$ 2 milhões (valores apresentados na sentença).

 

Ela também afirmou ter sido espancada e torturada pelos mesmos desconhecidos, para apontar onde o marido estaria. Artenho, que comprou uma picape Hilux no valor de R$ 60 mil logo após o furto milionário, tinha endereço residencial declarado em Diadema, município esquadrinhado na Região Metropolitana de São Paulo.

 

Quiz

 

1. Qual o ramo de negócios em que a empresa de fachada montada pela quadrilha que furtou  Banco Central supostamente atuava?

2. Em qual rua de Fortaleza ficava a sede da empresa de fachada da quadrilha?

3. Por qual apelido ficou conhecido o cearense mentor do furto e chefe da quadrilha?

4. Quanto foi furtado do Banco Central?

5. Em qual cidade do sertão cearense nasceu boa parte dos integrantes da cúpula da quadrilha?

6. Sob qual movimentada avenida de Fortaleza passava o túnel escavado pela quadrilha para hegar ao Caixa Forte do Banco Central?

 

7. Qual o cumprimento do túnel que levou os integrantes da quadrilha até o interior do Caixa Forte?

8. Quem dirigiu o filme brasileiro Assalto ao Banco Central, que levou para as telas a história do furto?

9. Em que data o furto ao Banco Central foi realizado?

10. A quantia furtada do Banco Central, que pesava o equivalente a três toneladas e meia, era composta por cédulas de um único valor. Que valor era esse? 

 

Respostas

 

1 – Venda e instalação de grama sintética

2 – Na rua 25 de março, nº 1071

3 – Alemão (Antonio Jussivan Alves dos Santos)

4 – R$ 164.755,150 (cerca de R$ 165 milhões)

5 – Boa Viagem

6 – Avenida Dom Manuel

7 – 80 metros

8 – Marcos Paulo

9 – Nos dias 5 e 6 de agosto de 2005 e foi descoberto na manhã do dia 8

10 – Eram todas cédulas de R$ 50 

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