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Moradores de uma comunidade do bairro Vicente Pinzón, conhecida como Sardinha, bloquearam o portão de uma fábrica do ramo da construção civil, impedindo a circulação dos caminhões de carga, na avenida César Cals. A manifestação com cerca de 100 pessoas começou às 21 horas da quarta-feira, 10, e continuou ontem.
Conforme o líder comunitário Francisco Marcos de Oliveira, a manifestação é contra a poluição ambiental e os danos à saúde provocados pelos materiais utilizados na empresa Labormix. Marcos explica que a comunidade sofre com a poeira alastrada pelo cimento utilizado na fabricação de concreto da empresa. “Ninguém aguenta mais conviver com essa poluição, a gente dorme e acorda com cimento, não tem sossego, e aqui tem criança recém-nascida, pessoas doentes”.
Ontem, pelo menos 50 pessoas ainda permaneciam se revesando na entrada do local. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar foi acionado pela empresa para prevenir confrontos.
De acordo com nota emitida pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), a licença da fábrica está atualizada e a secretaria já realizou visita, em outra ocasião, e emitiu auto de infração à empresa por poluição. “Amanhã (hoje), uma equipe de fiscais realizará nova visita. Caso sejam constatadas as irregularidades, novo auto de constatação poderá ser emitido, a licença ambiental poderá ser cassada e a empresa embargada”.
Segundo o gerente regional da Labormix, Marcos Nascimento, a empresa conta com aspersores que impedem que o pó chegue até as casas. Ele diz que a poeira nas residências seria devido aos fortes ventos da região.
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