A média de chuvas em abril foi de 97,6 milímetros no Ceará, o que fez com que o volume total dos açudes passasse de 29% para 31,9%, em comparação com o mês de março. O aumento é de 10%. O assessor técnico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Yuri Castro, destacou que foram identificados aportes significativos na Bacia de Salgado, que tem seis açudes com volumes acima de 50%; e nos reservatórios Orós (58,64% de armazenamento) e Castanhão (39,6%).
“No caso do Castanhão, o aporte foi menor do que ele poderia apresentar, mas foi expressivo. São aportes que, além de pequenos, são irregulares”, afirmou. Conforme Yuri, o impacto desses abastecimentos acaba não sendo o esperado por terem ocorrido em regiões que já estavam com bom volume.
As chuvas no Ceará, no primeiro quadrimestre de 2014, com acúmulo de 394,5 mm, não promoveram fortes alterações nos números de reservatórios em alerta. Dos 139 açudes monitorados, 99 ainda estão com volumes inferiores a 30% e metade das 12 bacias hidrográficas cearenses não apresentou aumento do volume d’água. De acordo com dados da Cogerh, 10 açudes não têm sequer 1% de água armazenada.
Previsões da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apontam que, até segunda-feira, haverá precipitações em todas as regiões do Estado, principalmente na parte Centro-Norte. Para os próximos meses, entretanto, as perspectivas do órgão continuam a ser de chuvas abaixo da média histórica. Entre as 7 horas de quarta-feira e as 7 horas de ontem, choveu em 63 municípios. Na Capital, a chuva foi de 25,6 mm.
Aportes insuficientes
“É pequeno porque estamos muito abaixo da média, cerca de 60% a menos do que deveria ser. Então, para que haja aporte mais significativo seria necessário que as precipitações fossem sempre acima dos 100 mm, sem serem espaçadas ou irregulares”, avaliou o assessor técnico da Cogerh. Em alguns locais do Interior, salientou Yuri, é possível ver a vegetação mais verde e plantações exuberantes. “Mas não há o escoamento superficial, quando excede a acumulação pela infiltração do solo”, frisou, ressaltando que essa absorção é variável pelas diferentes características de solo do Estado.
Ações emergenciais
Enquanto as chuvas não se aproximarem das médias históricas, adutoras emergenciais, poços profundos e cisternas, além de abastecimento por carro-pipa continuam sendo as medidas para evitar desabastecimentos. Cerca de 400 quilômetros de adutoras deverão fazer a água chegar a algumas sedes municipais com maiores criticidades, como Canindé, Crateús, Nova Russas, Quiterianópolis e Caririaçu.
Serviço
Portal Hidrológico do Ceará
www.hidro.ce.gov.br
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