SUPERDOSAGEM 30/10/2016

Superdosagem de vitamina D combate doenças autoimunes

O médico neurologista Cícero Coimbra explica que a vitamina D atua em doenças desde a dengue até a aids. Nas autoimunes, sua atuação é ainda mais específica, o que justifica a superdosagem
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FABIO LIMA
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“A primeira coisa que você precisa saber é que vitamina D nunca foi uma vitamina. Em algum momento se disse que ela seria transformada em hormônio, mas, na realidade, não se consegue classificá-la em nenhum grupo”, destaca o neurologista Cícero Coimbra. De acordo com ele, classicamente, os alunos de Medicina aprendem que a substância conhecida como vitamina D passa por duas transformações químicas para atingir a forma final que provoca os efeitos biológicos.


A primeira acontece no fígado e a segunda no rim, órgão que devolve a substância para a circulação sanguínea na forma ativa. Por isso, de acordo com o médico, a vitamina D seria considerada hormônio. “No efeito hormonal clássico, a vitamina D age no intestino, aumentando a absorção de cálcio e age no rim, diminuindo a excreção de cálcio. O que as pessoas não sabem é que essas transformações acontecem também no sistema nervoso, nos órgãos de reprodução, no sistema imunológico e na placenta”, detalha.


 

E nessa perspectiva, conforme o especialista, a vitamina D incide sobre diversas doenças, desde dengue a aids. Para confirmar a relação, Cícero aponta milhares de artigos acadêmicos internacionais. “A vitamina não é um imunosupressor, mas sim um imunoregulador. Quando você tem uma doença autoimunitária, o sistema imunológico executa um programa de atividades que ele não deveria, que é de agressão ao próprio organismo”, explica. Se esse “programa” agride a glândula tireóide, por exemplo, provoca a doença de Hashimoto; se agride as articulações provoca reumatóide; se agride os vasos sanguíneos causa o lúpus.


“A vitamina D suprime esse programa de agressão e, quando ativada no sistema imunológico, reage contra vírus e bactérias. Uma célula do sistema imunológico entra em contato com agente que pode produzir infecção. Mediante esse contato, a célula do sistema imunológico ativa a vitamina D, capta da circulação e a transforma na forma ativa. Essa forma ativa faz com que a própria célula que ativou produza as enzimas que atuam como antibiótico e antiviral para destruir os microorganismos”. (Sara Oliveira)

 

> TAGS: saúde ciência
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