[an error occurred while processing this directive] As melhorias na saúde do pet que tem alimentação natural | O POVO
Alimentação 02/10/2016

As melhorias na saúde do pet que tem alimentação natural

Especialistas apontam melhorias na saúde do animal que passa a ser alimentado com produtos naturais e alertam para o uso continuado de rações
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CAMILA DE ALMEIDA
Qualidade de vida da shih tzu Mel melhorou com a alimentação natural, diz a tutora Renata Mitoso


Com o mercado milionário das rações determinando pesquisas e patrocinando congressos, produzir provas de que a alimentação natural (AN), que pode ser feita de forma caseira, faz bem e que ração, a longo prazo, pode ser propulsora de doenças, é remar contra a maré. A opinião da zootecnista especialista em alimentação natural Adália Freitas de Oliveira é baseada em observação de pacientes e em estudos, muitos deles feitos em animais, mas que têm como foco a alimentação humana.


“Em gatos, a ração seca pode gerar a longo prazo comprometimento renal, por falta de água. Em cães, a gente observa, cada vez mais, casos de câncer, problemas renais, dermatites e alergia alimentares”, enumera a médica veterinária nutróloga Fabiana Vinhas.


Para Adália, não é possível comprovar a ligação direta entre o uso contínuo da ração e as doenças porque não há testes direcionados. “Mas o que existe é uma gama de experimentos — inclusive feitos com animais —, cujo foco é a alimentação humana, que dizem que soja é inflamatório e modula severas alterações hormonais que podem levar a cânceres E tem muita soja na ração. Não é feito para eles, mas é feito neles. Então, é só ligar os pontos”, diz.


Já sobre os benefícios da AN, a experiência e o acompanhamento de muitos animais são contundentes. Nos exames clínicos, Adália destaca que triglicérides e glicoses caem muito, porque diminui o excesso de carboidrato, e as plaquetas ficam em bom nível. “A imunidade melhora, os bichinhos ficam mais resistentes; animais de pelo branco, que têm incidência de lágrima ácida, melhoram; coceiras e otites somem; a pelagem fica mais bonita; o descompasso do intestino se regulariza; o coco fica durinho e seco, porque a AN tem de 80% a 90% de digestibilidade (98% no caso da crua com ossos) — ou seja, o animal aproveita muito melhor o que come”, elenca a zootecnista.


Criando a yorkshire Nina há quatro anos, desde que a encontrou gravemente debilitada na rua, a administradora hospitalar Mirian Freitas Martins Moura, 50, trava uma batalha constante em busca da saúde da cadela, a quem trata por filha.


Com alterações intestinais, diverticulite e pancreatite, que a deixam sensível a quase todo alimento ingerido, Nina é alimentada há um ano com AN. Aumento de peso (passando de 1,3kg para 2,3kg), espaçamento das idas, antes semanais, ao veterinário, pelo sedoso, alegria ao ver a comida e comportamento mais ativo são algumas das transformações de Nina. “A gente passou por todas as rações, de barata à cara, de terapêutica à convencional, e nada mais surtia efeito bom”, conta Mirian.


Para a shih tzu Mel, de quatro anos, a AN chegou há oito meses trazendo recuperação do refluxo e de dermatites, que a ração terapêutica não sanava completamente. Os petiscos, antes biscoitos industrializados, também foram substituídos por iogurte e pedacinhos de melão, banana, maçã, melancia, e cenoura.


“Alimentação natural foi a melhor coisa que eu fiz pra vida da Mel. É um pouco mais cara que a ração super premium, com a qual ela se alimentava, mas a qualidade de vida dela cobre a diferença”, conta Renata Mitoso Barreira, 48, contadora e tutora da Mel. (Domitila Andrade)

 

SAIBA MAIS


Alimentação natural é baseada na diversidade de alimentos e são necessárias suplementações para garantir que o bicho tenha acesso a todos os nutrientes de que necessita. A veterinária nutróloga Fabiana Vinhas alerta que “é melhor continuar dando uma ração de boa qualidade a ofertar AN de forma irresponsável”.


Rações de boa qualidade não têm o T, de transgênico, na embalagem, têm como fonte de proteína as proteínas animais e são livres de cereais como soja, milho e trigo. É preciso estar atento, também, aos níveis de segurança e qualidade da proteína — pedaços de frango separados mecanicamente são melhores que a farinha do frango, por exemplo.


Também não se pode misturar a AN com ração — a não ser na primeira semana de introdução. Os processos e tempos de digestão e a adaptação da microbiota intestinal são diferentes. Misturar pode descompassar o intestino, além de tirar o equilíbrio que as duas alimentações podem proporcionar individualmente.


Mesmo concordando com a regra da não mistura, a zootecnista Adália Freitas cita pesquisa que diz que, como petisco, podem-se adicionar vegetais crucíferos e com betacaroteno, como repolhos e cenoura, à dieta baseada em ração. Isso pode diminuir a reincidência de cálculo urinário e câncer de bexiga.

 

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