[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Vida sexual em dia | O POVO
A NOVA TERCEIRA IDADE 06/09/2015

Vida sexual em dia

A possibilidade de manter uma vida sexual na terceira idade trouxe qualidade de vida ao homem e ao casal
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RODRIGO CARVALHO
Aos 74 anos, Francisco Pimenta ainda faz planos para ter filhos
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De óculos escuros e chapéu de vaqueiro, na sessão coletiva de Terapia Ocupacional, Francisco Pimenta, 74, tem uma nova vontade na vida. “Ainda quero fazer um menino”, declara. Ele e outras 229 pessoas dividem a convivência no Lar Torres de Melo, instituição filantrópica de longa permanência que funciona há 110 anos, acolhendo idosos no bairro Jacarecanga, em Fortaleza. Vindo de Mossoró (RN), o motorista de caminhão aposentado conta que está no abrigo há seis anos. Viúvo, ele sente falta de uma mulher para dividir a vida e a rotina. “Comecei a viver agora. Ainda tenho muita coisa pela frente”. Que assim seja.


A chegada da velhice não deve significar o fim da atividade sexual. De acordo com o geriatra João Macedo Coelho Filho, professor do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), são as alterações hormonais as principais responsáveis pela queda da libido e do desejo sexual. “Muitas vezes o idoso apresenta disfunção erétil, além do processo de coexistência de outras comorbidades (duas doenças associadas)”, relata.


Diabetes, doenças coronarianas ou vasculares também podem afetar ou ajudar na causa da disfunção erétil. Medicamentos como sildenafila, conhecido pela marca Viagra ou pílula azul, podem ser fundamentais no retorno do desejo. O medicamento completa, em 2015, 17 anos de venda permitida no País. É importante, no entanto, saber que é essencial um exame médico antes do uso da substância. Segundo o geriatra João Bastos, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), para comprar a droga é necessário receita médica por conta dos perigos que ela traz para quem tem problemas cardíacos graves.


Riscos

Os riscos de usar a sildenafila sem a realização de exames médicos são vários. “A medicação leva a uma dilatação dos vasos da região genital, melhorando a ereção peniana”, explica o médico João Macedo. Por isso, pacientes com problemas cardiovasculares graves não podem usar o medicamento.

A gravidade ocorre com a presença de angina (dor forte no peito) instável ou que não responde ao tratamento; hipertensão arterial sistêmica não controlada, insuficiência cardíaca congestiva grave (falta de ar aos mínimos esforços ou ao repouso), infarto recente (menos de duas semanas), arritmias de alto risco (alterações que provocam modificações no ritmo das batidas do coração), miocardiopatias graves, doença valvar moderada a grave.


Por isso, é imprescindível a indicação de um geriatra e de um exame cardiológico. (Angélica Feitosa)

NÚMEROS


68,8 anos é a projeção para 2015 da expectativa de vida dos homens no Ceará. No caso das mulheres , a projeção aponta expectativa de 77,1 anos.

SAIBA MAIS

A sildenafila foi o primeiro medicamento oral com eficácia comprovada para o tratamento de disfunção erétil lançado no mundo. Chegou ao mercado norte-americano em abril de 1998 e, em junho daquele mesmo ano, no mercado brasileiro.


Durante a pesquisa clínica com o citrato de sildenafila (princípio ativo), que inicialmente começou a ser estudado para o tratamento de angina (causada pelo estreitamento das artérias que conduzem sangue ao coração), observou-se que a limitação da irrigação sanguínea provoca uma deficiência no suprimento de nutrientes e de oxigênio nesse órgão. A dor é sinal de que o coração está recebendo menos sangue do que precisa), os pacientes relataram a ocorrência
de ereções mediante estímulo sexual.


Diante dessas informações, a equipe médica mudou o foco das pesquisas do medicamento, que passou a ser avaliado para o tratamento da disfunção erétil. O trabalho de pesquisa levou aproximadamente 13 anos, incluindo os vários testes que devem ser feitos para o lançamento de um medicamento.


Até o lançamento do Viagra (marca registrada), não havia no mercado nenhum medicamento oral para o tratamento da disfunção erétil, até então chamada de impotência sexual. O método utilizado para tratar o problema consistia em injeções intrapenianas, o que era bastante desconfortável para o paciente. Por isso, a possibilidade de tratar a disfunção erétil com um comprimido teve enorme impacto, não só na atividade sexual, mas também na vida das pessoas. Com Viagra, desde 1998, milhões de homens puderam superar um tabu e a sociedade passou a encarar o problema com naturalidade.


O Brasil foi o segundo país a lançar o produto e um dos que mais se destacaram no desenvolvimento desse mercado.


Uma dessas pesquisas foi realizada em 2008, para a comemoração dos dez anos de medicamento. Mosaico Brasil, o mais amplo estudo sobre sexo e afeto já realizado no País, foi conduzido pela professora Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio do Laboratório Pfizer. Com o objetivo de mapear o comportamento afetivo-sexual do brasileiro, o estudo ouviu 8.237 homens e mulheres com mais de 18 anos, em 10 capitais brasileiras.


O medicamento deve ser tomado por adultos, com acompanhamento médico, na dosagem indicada de 50mg, aproximadamente uma hora antes da relação sexual, uma vez ao dia. De acordo com a prescrição médica, a dose do medicamento pode ser aumentada para, no máximo, 100mg. Ou diminuída para 25mg.


O medicamento não deve ser usado em quantidade maior do que a indicada pelo médico. Em estudos realizados com voluntários sadios que fizeram uso da medicação em doses únicas de até 800mg, observaram-se eventos adversos semelhantes àqueles relacionados a doses inferiores; no entanto, a taxa de incidência e gravidade foi maior.


Em caso de uso do medicamento em grande quantidade, a recomendação da fabricante é para que o paciente procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.


Nenhuma medicação deve ser ingerida sem prescrição médica ou para outras indicações ou doses que não constem em sua bula. Isso vale, inclusive, para os medicamentos usados no tratamento da disfunção erétil.


Para jovens saudáveis, sem problemas de ereção, o medicamento para disfunção erétil não traz benefícios.


Problemas de ereção também podem ocorrer nos jovens, em menor grau, por razões diversas, sejam físicas e/ou psicológicas. Nesses casos, um especialista pode ajudar a descobrir as razões do acometimento da disfunção erétil e indicar a melhor opção terapêutica.

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