O ex-tesoureiro da UPP da Rocinha, Alan Jardim, disse ontem, na audiência de instrução e julgamento dos 25 PMs acusados do desaparecimento e morte presumida de Amarildo Souza, que ouviu “gritos enlouquecedores” nos arredores da unidade, na noite que o ajudante de pedreiro sumiu, em 14 de julho do ano passado.
”Eram gritos terríveis, enlouquecedores. Isso durou 40 minutos”, disse o soldado, primeira testemunha de acusação a ser ouvida na segunda sessão da audiência de instrução e julgamento do caso. Jardim acrescentou que a pessoa possivelmente torturada dizia o tempo todo que não falaria, não responderia as perguntas. Ele afirmou que “ouviu barulhos de água como se tivesse acordando a pessoa”.
Em seguida, ouviu várias pessoas falando ao mesmo tempo. Depois, silêncio, e, na sequência, “várias pessoas gritando deu merda, deu merda”. Depois disso, ele contou que recebeu a ordem para pegar a capa de uma moto e que ouviu barulho de fita crepe desenrolando.
Jardim disse ainda que, antes de ir embora, viu cinco pessoas se dirigindo para a mata, mas que não observou em nenhum momento o ajudante de pedreiro. Afirmou também que viu o major Edson Santos se dirigindo à base da unidade.
Ele lembrou que ouviu os gritos após ter recebido ordem para mudar de contêiner e realizar trabalhos apenas internos, sem sair do local. No dia seguinte do sumiço, O soldado diz que recebeu ordens de limpar a capa da moto e retirar uma mesa branca manchada de sangue. Também havia um balde com água e sangue. (das agências)
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