Em seu programa, nesta quarta-feira, 28, Jô Soares se pronunciou a respeito da atual situação política que vive o Brasil. O apresentador falou sobre a polêmica envolvendo José de Abreu, que cuspiu em um casal num restaurante de São Paulo, após ser xingado por eles por discordância política.

"Me espanta cada vez mais o ambiente de impaciência que o Brasil está vivendo. Esse episódio que aconteceu com o José de Abreu é constrangedor. Um cidadão não pode sair com sua mulher para jantar que é obrigado a ouvir insultos terríveis. Disseram horrores sobre a mulher dele. A reação dele foi levantar e dar uma cusparada no casal, que também é uma reação movida por um 'não aguentar mais'”, ressaltou.

O apresentador continuou. ''A pessoa não pode ter uma opinião ou tendência política que é condenada. Isto está ficando igual ao comportamento de alguns deputados no Congresso, que também é lamentável", conclui.

Na sequência, o âncora defendeu Chico Buarque - o cantor e compositor se tornou alvo de críticas por também defender o governo atual. "O Chico Buarque não pode sair de casa sem ser agredido ou ofendido. O Chico é um patrimônio deste país. Eu fico comovido e com vergonha. Feliz o país que tem um Chico Buarque. Um cara que deveria ser reverenciado, mas ao invés disso sai de casa com os amigos e é agredido de uma forma mesquinha. Desculpa, mas precisava fazer esse desabafo", comentou.

No fim, Jô criticou a homenagem do deputado Jair Bolsonaro ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra durante voto na câmara sobre o processo de impeachment. "Ninguém pode estar de acordo com a maneira como esse homem age. É realmente muito grave. Ele fez apologia ao crime. É uma pessoa que não merece estar no Congresso Nacional. É uma vergonha", lamentou.