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crianças alérgicas 05/11/2015 - 09h02

Distribuição de leite especial não foi regularizada, denunciam mães

A Sesa afirma que mais de 9.720 latas foram adquiridas, quantidade suficiente para atender as 2.600 crianças beneficiadas pelo Programa de Alergia à Proteína do Leite da Vaca (PAPLV). Mães das crianças alérgicas vão se reunir com a vice-governadora
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Amanda Araújo amandaaraujo@opovo.com.br

A Associação das Famílias e Amigos de Crianças com Alergia Alimentar (Afaca) denuncia que a distribuição do leite especial destinado a crianças com Alergia à Proteína do Leite da Vaca (APLV) não está regular. A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) rebate e informa que a entrega foi normalizada. Diz ainda que 5.068 latas de Neocate - marca da fórmula subsidiada pelo Estado- estão disponíveis no estoque da assistência farmacêutica. Uma reunião com as mães e a vice-governadora do Ceará, Izolda Cela, está marcada para a tarde desta quinta-feira, 5.

A falta do leite especial foi noticiada pelo O POVO Online em outubro passado, mas segundo a presidente da Afaca, Aline Saraiva, o racionamento das latas ocorre desde o início deste ano. "Não recebi no mês passado. Primeiro agendaram pro dia 28 de outubro, mas não tinha chegado. Retornei nessa terça-feira e também não tinha, ficaram de me ligar para eu receber", relata a pedagoga.

Aline diz que comprou as latas do leite, mas precisou racionar o alimento. O filho dela, Enzo, 5 anos, está incluído no Programa de Alergia à Proteína do Leite da Vaca (PAPLV) por conta de uma liminar judicial e acabou contraindo uma infecção. "Eu não ia deixar meu filho morrer de fome, mas quem não tem condição financeira nenhuma? São várias famílias com esse problema. É um risco de vida para as crianças", critica.

Procurada, a Sesa afirma que mais de 9.720 latas foram adquiridas, quantidade suficiente para atender as 2.600 crianças beneficiadas pelo Programa. Mensalmente, 880 crianças são atendidas, isso porque as crianças alérgicas recebem uma quantia de latas em datas diferenciadas e nem sempre por mês.

O Programa atende crianças de 1 a 2 anos, mas há participantes com mais de 2 anos, que conseguiram continuar a receber a fórmula por meio de liminar. ''A Sesa informa ainda que está implantando um novo sistema de aquisição do produto para garantir regularidade e atendimento a demanda, que é crescente", completou, em nota.

Aline também denuncia que há uma "desorganização" do programa. Para solucionar o caso, ela e outras cinco mães vão se reunir com a vice-governadora, às 15 horas, no Palácio.

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