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Atualizada às 18h
O leite especial destinado a crianças com Alergia à Proteína do Leite da Vaca (APLV) está em falta neste mês de outubro, no Ceará. Representantes da Associação das Famílias e Amigos de Crianças com Alergia Alimentar (Afaca) denunciaram ao O POVO Online que várias mães foram buscar a fórmula e não receberam nenhuma previsão de abastecimento. A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) fornece a substância por meio do Programa de Alergia à Proteína do Leite da Vaca (PAPLV). A lata do Neocate, marca da fórmula subsidiada pelo Estado, custa R$ 142.
A Sesa informou, em nota, que ''a compra do leite Neocate está sendo providenciada''. Sem divulgar prazos, a pasta explicou que 880 crianças de até dois anos, alérgicas à proteína do leite de vaca, são atendidas com a fórmula no Estado. Os recursos são oriundos do Governo do Estado, e o programa foi ampliado desde 2007, quando cem crianças eram atendidas com o leite. Por mês, são distribuídas 2 mil latas de Neocate para os beneficiados no PAPLV.
A fórmula a base de aminoácidos substitui o leite na alimentação de crianças como Enzo, 5, diagnosticado com alergia múltipla desde um ano e três meses. A pedagoga Aline Saraiva, mãe dele e presidente da Afaca, possui apenas quatro latas para o restante do mês, mas o filho utiliza uma média de dez. “O número de crianças alérgicas cresceu. Apesar das mães se ajudarem com doações de latas, é um valor muito alto, a maioria das famílias não tem condições financeiras".
O número de latas disponibilizadas para cada criança depende do grau da alergia, mas os bebês com menos de seis meses dependem, exclusivamente, do leite especial. "A fórmula é um complemento, mas o meu filho, por exemplo, não pode comer proteína animal. A gente soube que não foi feita a licitação. Além disso, eles cortam o benefício quando as crianças fazem dois anos. Eu só continuo a receber porque tenho um mandado judicial", diz a corretora Ana Roberta Pereira, mãe de Arthur, 5 anos.
A terapeuta ocupacional Nicole Veríssimo foi buscar a fórmula na sexta-feira, 9, e obteve a mesma resposta relatada em outras denúncias: "não há previsão para a chegada do Neocate". "Vou esperar até amanhã para poder comprar, porque ninguém pode mais doar, está faltando geral”, diz ela. O filho de Nicole, João Gabriel, 11 meses, costumava apresentar assaduras e cólicas até ser diagnosticado corretamente. "Quando ele fez seis meses, pudemos introduzir frutas, mas é uma incógnita, você nunca sabe como vai reagir. Agora ele está só no leite, já reagiu mal a carne e frutas''.
De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), 30% da população possui alergias em geral, sendo 20% delas crianças. Entre 700 mil a 1 milhão de crianças no País (média de 5% a 8%) têm algum tipo de alergia alimentar. E dessas, 350 mil têm alergia especificamente à proteína do leite. O número de alérgicos aumentou 18% nos últimos dez anos, segundo a médica alergista Fabiane Pomiecinsk, presidente da ASBAI na regional do Ceará.
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A Afaca é composta por uma média de 330 mães de crianças alérgicas, mas Aline contabiliza cerca de cinco mil dependentes do leite especial no Ceará. "A saúde é um direito incontestável, mas está sendo negado pelo Estado. Enquanto não resolvem a burocracia, o que a gente faz com os nossos filhos? Tem criança que só ingere Neocate e água", finaliza a presidente da associação.
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