Mães e entusiastas da maternidade saudável participaram, na manhã deste sábado, da Hora do Mamaço em Fortaleza. Em programação no Passeio Público, elas deram de mamar, participaram de oficinas e pediram melhores condições no mercado de trabalho para se dedicar ao aleitamento materno.
Conciliar emprego e maternidade foi o tema debatido em Fortaleza, em unidade com atos em outras cidades brasileiras na Semana Mundial de Aleitamento Materno. A licença-maternidade de quatro meses, como prevê a legislação brasileira, é grande contradição para a mulher moderna, alerta Lorena Medeiros, uma das organizadoras da atividade. É que o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam que o bebê tenha o leite materno como alimento exclusivo nos seis primeiros meses de vida.
A artista audiovisual Glaucia Barbosa, 32, buscou no encontro dicas de como armazenar o leite enquanto deixa o primeiro filho em casa. No quinto mês de vida de Liam, ela se prepara para voltar a dar aulas, com licença prorrogada para seis meses. “Se precisasse voltar aos quatro meses, acho que desistiria do trabalho”, afirma. A amamentação prolongada também foi defendida. De seis meses a um ano, o ideal é que outros alimentos complementem a dieta do bebê. Depois de um ano, é a amamentação quem faz a vez de complemento.
Mas ela não precisa parar, orienta a doula Krys Rodrigues, que ainda amamenta o filho de dois anos e 11 meses. Estratégias A melhor forma é retirar o leite com as próprias mãos, mesmo no trabalho, e guardar em frascos de vidro no congelador ou freezer. As dicas são de Sabrina Rocha, chefe do Banco de Leite da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac). Ela ressalta a orientação do Ministério da Saúde para que as empresas adotem salas de apoio à amamentação. O espaço deve ter, no mínimo, uma cadeira e um local para refrigerar o leite materno.
Thaís Brito
thaisbrito@opovo.com.br
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