O POVO


sotaque

Atores de Shaolin do Sertão "não estão forçando a barra", diz Halder Gomes

14/10/2016 | 18:54

Lançado na última quarta-feira, 13, em 20 salas de cinema do Ceará, o longa 'O Shaolin do Sertão', do cearense Halder Gomes, já foi visto por mais de 12 mil pessoas. A informação foi divulgada pelo próprio cineasta, em entrevista à Rádio O POVO CBN (FM 95.5 AM 1010). O diretor aumentou ainda o forte sotaque cearense "natural", característico dos personagens dos seus filmes. 

"É um número muito alto para o Estado. É sinal de que o público cearense, de novo, abraçou a causa, o filme, se envolveu com esses personagens", afirmou Halder Gomes. Sobre a falta de legendas no filme, caracterísca do sucesso cearense 'Cine Holliúdy', Halder justificou que é hora das pessoas se acostumarem com "o nosso jeito de falar". "Deixa aí pra turma começar a se acostumar e esse sotaque fazer parte do Brasil todo". 

Para o diretor, o sotaque mostra que os personagens "não estão forçando a barra" para ficar engraçados. "Eles são engraçados para o espectador, mas eles não estão tentando ser engraçados. Estão apenas sendo o que são, com o nosso jeito de ser, de se expressar", disse. "É a naturalidade do personagem que traz a graça".

"O 'Cine Holliúdy' é um caso tão fora da realidade. "É como se fosse um terremoto", comentou. "Eu não posso prever, mas o que eu posso perceber é que o público está muito feliz com 'O Shaolin do Sertão'. Muita gente fala que ele é superior ao anterior e eu considero que sim porque faz parte de uma evolução, de uma maturidade como realizador", justifica. "É um filme feito com um capricho maior".

O diretor comentou ainda que uma das principais características do filme é que ele trata de uma história universal. No longa, o protagonista Aluízio Li (Edmilson Filho) acredita ser um monge Shaolin, e até se veste como tal, sendo a maior vítima de chacotas em sua cidade natal, Quixadá. "O 'Cine Holliúdy' já tratava aquele microcosmos de cineminhas do interior do Ceará e passou em festivais na Rússia, em Paris, a Hollywood - é um filme que rodou o mundo", disse. 

Ainda em entrevista oa programa O POVO no Rádio, Halder Gomes diz que o longa já está sendo sondado para entrar em cartaz em países da América Central, mas não especificou quais. "É um filme que começa a ganhar asas e a mostrar o quão universal essa história pode ser".
 
Ouça entrevista completa com o cineasta Halder Gomes à Rádio O POVO CBN
 
Redação O POVO Online