O aplicativo Guia do Turismo Acessível acaba de ganhar versões em inglês e espanhol. Parte do Programa Turismo Acessível, criado pelo Ministério do Turismo, o APP – para dispositivos iOS, Android e Windows Phone – teve suas novas versões disponibilizadas em fevereiro, pensando nos turistas e atletas que devem estar presentes nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Desde seu lançamento, em 2013, o aplicativo já foi baixado mais de 800 vezes. Já o portal do
Programa Turismo Acessível recebeu, desde sua criação em novembro de 2012, mais de 700 mil acessos.
Colaborativo“De acordo com pesquisas da Secretaria de Direitos Humanos, em parceria com o Ministério do Turismo, uma das maiores dificuldades do turista com deficiência é conseguir informações sobre acessibilidade de serviços, empreendimentos e atrativos turísticos. Além de avaliar [por meio do Guia], o turista pode consultar ou sugerir novos estabelecimentos ou atrações, ajudando esse público a viajar pelo Brasil com mais autonomia”, explica Isabel Barnasque, coordenadora geral de Turismo Responsável do Ministério do Turismo.
Além da tradução do Guia para novos idiomas, estão sendo produzidos também guias de bolso com informações gerais e dicas práticas sobre como bem receber e atender turistas com deficiência, que serão disponibilizados por meio das secretarias estaduais de turismo nos próximos meses. “A ideia é sensibilizar e orientar gestores e profissionais de turismo que trabalham direta e indiretamente com o público”, afirma Isabel.
PúblicoPara o técnico de informática Ítalo de Sousa Pires, cadeirante há cerca de cinco anos por conta de uma má formação congênita, o tratamento com pessoas com necessidades especiais vem melhorando. “Graças a Deus, hoje em dia, são poucas as pessoas que pensam no deficiente como um coitadinho, isso é uma melhora muito boa”, destaca.
Segundo Pires, que já conhecia o Guia do Turismo Acessível, mas ainda não o utilizava, os locais que frequenta em Fortaleza, em geral, têm boa acessibilidade, entretanto, ele recorda algumas dificuldades que passou, por exemplo, em sua faculdade. “Tinha que subir um lance de rampa muito grande e já tinha uma quantidade de andares que dava para fazer elevador. Dá para melhorar, mas, comparado há uns dez anos, já melhorou muito. Vai melhorar ainda, acho que em uns cinco anos, em média, já vai ter melhorado bastante”, comenta otimista.