O POVO PEOPLE LUXO 10/07/2017 - 19h32

Quem faz o quê: saiba mais sobre figuras ilustres da cidade

Realizações profissionais e pessoais, conquistas, um balanço do ano passado e as expectativas para 2017 foram alguns dos pontos conversados com algumas das mais ilustres figuras da Cidade
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Sonia Pinheiro csonia@uol.com.br
João Bathista

Troquei saborosas figurinhas com os conhecidos e admirados educadores Oto de Sá Cavalcante e Tales de Sá Cavalcante, a empresária Graça Dias Branco da Escóssia e a arquiteta Mirian Bastos. Realizações profissionais, alegrias, saldos positivos de 2016, projetos para 2017, aspirações também em níveis pessoais e como evolui o day-by-day de cada um deles foram alguns dos pontos que permearam nossas conversas.

Oto de Sá Cavalcante

Diretor-presidente do Colégio Ari de Sá, o "alinhado" e discreto educador Oto de Sá Cavalcante sonhou, quando muito jovem, ser engenheiro. Fez vestibular para Engenharia e entrou na Universidade Federal do Ceará (UFC) aos 17 anos, figurando como o mais novo da turma. Foi no período de faculdade que o estudante viria a vivenciar algo que mudaria sua vida pessoal e profissional. Com a doença e a morte prematura de seu pai, que faleceu aos 49 anos, o então universitário passou a se dedicar também ao colégio que levava o nome da família e já se destacava no cenário da educação cearense. A experiência o guiaria para o que seria o trabalho de sua vida. “Posteriormente, fui me envolvendo mais e mais. Hoje, considero que não poderia ser feliz com outro trabalho”, conta o educador.

Em retrospectiva sobre os momentos vividos em 2016, Sá Cavalcante destaca como a grande alegria do ano o nascimento de Oto Neto, filho de Ary Neto. Já no âmbito profissional, não há como não apontar o trabalho diário no Colégio Ari de Sá. Para 2017, o educador espera “continuar a ser feliz na família e no trabalho”, e, em relação ao País, torce para que, em médio prazo, consigamos debelar a crise político-econômica. Extra-trabalho, ele curte conviver com a família, ler, caminhar “e desfrutar das belezas da natureza”. Por esse motivo, define luxo como “mandar no próprio tempo. Fazer o que se tem vontade.”

Foto: acervo pessoal

Graça Dias Branco da Escóssia
Filha do inesquecível empresário Ivens Dias Branco e esposa do renomado Jório da Escóssia Jr. – referência nacional nas áreas de implantodontia, odontologia estética e engenharia genética óssea –, Graça Dias Branco da Escóssia traz no próprio nome a responsabilidade do legado do pai e do trabalho do marido. Mas foi com muito esforço próprio, o que caracteriza seu trabalho até hoje, que construiu sua carreira e honrou os sobrenomes que a identificam.

A primeira experiência profissional foi Hotel Praia Centro, também faz parte do Grupo M. Dias Branco e onde ainda exerce funções administrativas. Hoje, Graça desempenha atividades relacionadas ao setor financeiro da Fábrica Fortaleza, primeiro destino em sua rotina diária, que começa já cedo. “Tenho o hábito de acordar por volta das 5 horas da manhã. Leio os jornais e, em seguida, dirijo-me à Fábrica Fortaleza. Costumo sair da empresa no final da tarde, no entanto, em alguns dias, saio mais cedo para ir ao Hotel Praia Centro”, detalha.

Graça conta que o ano de 2016 foi difícil e triste devido à partida do pai, muito dolorida e sentida por toda a família. “Mas, como nada é ruim por completo, sua ausência fortaleceu intensamente a união da família. E, em 2017, esperamos nos revigorar, ainda mais, dando continuidade e crescimento ao grande legado tão bem construído por nosso pai”, afirma, demonstrando a fibra também característica do Ivens Dias Branco.

E quando o assunto é família, a profissional já destaca que, para ela, os momentos vividos entre os familiares são indispensáveis. “Não abro mão dos domingos ao lado das pessoas que amo. Normalmente, almoçamos juntos e, ultimamente, temos relembrado bastante os ensinamentos e histórias de nosso saudoso pai”, descreve. Entre outras paixões, Graça aponta a música, especialmente a MPB, e Paris, para ela a melhor cidade do mundo. “Em minhas viagens, sempre que possível, tento conciliar meu retorno de forma a passar pela França.”

Conhecida também por sua elegância, ela se define clássica, quanto a seu estilo. Entre os nomes no cenário da moda cearense, ressalta a admiração pelo trabalho da estilista Verônica Rodrigues. “Eu diria que a elegância está nas ações e atitudes das pessoas. A maneira de vestir-se é uma consequência disso”, afirma, citando Kate Middleton, a quem diz admirar por sua elegância interior e, sobretudo, por seu engajamento nas causas sociais. “Bons princípios, integridade e caráter, isso é luxo para mim. O resto é lixo.”

Foto: João Bathista

Mirian Bastos
A jovem Mirian Bastos sempre desejou ser arquiteta. “O belo, a arte, ambos me detêm. Isso, em junção ao desafio de criar, de reinventar-se, de sentir o que o cliente aspiraa para ofertar à sua família, para o seu ambiente de trabalho. O arquiteto, acima de tudo, tem que captar a essência do contratante. Amo o que faço.” Para ela, todos os trabalhos são especiais, por isso, entrega-se totalmente a cada projeto. “A realização do cliente é a minha carte de visite”, destaca.
A arquiteta aponta, entretanto, seu primeiro projeto como um dos que mais a orgulha. “Morei em Buenos Aires e, assim que cheguei, fui contratada para reformar um apartamento completo de 350 m², no Edifício Mucuripe Plaza”, conta. O desafio era grande, pois ela teria que mudar por completo a planta, todo o piso, entre outros detalhes. “O resultado final ficou maravilhoso e a cliente amou. Isso me deixou muito feliz.”

Sobre suas influências e nomes que admira da arquitetura nacional, Mirian destaca Nasser Hissa e, nacionalmente, Ruy Ohtake e Oscar Niemeyer. Já internacionalmente, Jean Nouvel, Zaha Hadid e Gaudi aparecem entre as preferências da profissional. Em meio a uma rotina que começa cedo – com visita a clientes, fornecedores, parceiros e execução de projetos –, Mirian também reserva tempo para se atualizar sobre as novas tendências do mercado, seja por meio de revistas internacionais, de trabalhos que recebem notoriedade ou de ganhadores de reconhecimentos como o prêmio internacional de arquitetura Pritzker e outras comendas relevantes.

Embora não se imagine em outra profissão, Mirian diz que, se fosse seguir outro caminho profissional, talvez tivesse se tornado empresária. “Tenho sangue de comerciante nas veias, o que vem do meu avô, Gerardo Bastos”, afirma. Atualmente, ela também se diz fascinada pelo Coach Life. Para 2017, os planos são focar ainda mais em sua profissão, abrir mercado fora de Fortaleza, participar do Projeto Casa de Criança e dedicar-se, ainda mais, a seu projeto do Sopão – que distribui quinzenalmente sopa para mais de 150 moradores de rua, na Praça do Ferreira.

Mas o tempo da arquiteta também é preenchido com outro papel: o de mãe. “Sou mãe de Louise, minha razão de viver, dedico as especiais horas para ela, uma vez que, quando o assunto é o tempo que dedicamos aos filhos, o mais importante é o qualitativo.” Mirian, que se descreve como “super prática”, fez, inclusive, um curso de gestão do tempo com o coach Rogério Magalhães e, hoje, inclui também em seu dia a dia a prática de hipismo, dança, academia, coach life, além de frequentar a igreja Videira. Sobre o que a faz feliz, Mirian destaca: "Saber que sou muito privilegiada, pois tenho saúde, uma família maravilhosa, amigos especiais e a certeza de que quem comanda minha vida é Deus! Me faz feliz poder respirar, nadar, saber que tenho uma filha linda e saudável”.

Foto: Camila de Almeida

Tales de Sá Cavalcante
Desde cedo, o educador Tales de Sá Cavalcante nutriu muitos sonhos. Entre os vários caminhos que poderia ter seguido, entretanto, a educação falou mais alto. “Talvez pelo privilégio de ser filho de pais educadores, segui em frente, dedicando-me à Educação. E acertei.” Em 2016, inclusive, as duas das três grandes conquistas que ele destaca são justamente no âmbito educacional: a abertura do Núcleo FB Eusébio, marcando o ingresso do Farias Brito em mais uma cidade do Ceará, além de Fortaleza e Sobral; e o início da parceria com o Instituto Primeira Infância (Iprede) numa atividade de responsabilidade social, “em que nossos alunos do Ensino Médio que farão Medicina terão aulas e vivência prática na área da Saúde”, explica.

O terceiro ponto alcançado e comemorado foram os finais de semana e feriados em família, na Praia do Canto Verde, em Beberibe. Curtir a família, inclusive, está entre as principais atividades que procura realizar quando não está trabalhando. Ler e ouvir música também fazem parte dos momentos de lazer. “Principalmente bossa nova e clássica, com destaque para aquela que, por sequência, foi de Beethoven – a 9ª Sinfonia – mas que, a meu juízo, é a primeira em qualidade, por ser a mais grandiosa de todas as composições”, aponta.

Entre os esportes, o basquete é o preferido e lhe remete aos tempos de atleta do Náutico Atlético Cearense e da Seleção Cearense Juvenil, o que muito o orgulha. Outro hobby é andar de bicicleta, “margeando a bucólica lagoa de Messejana, revivendo os tempos de criança, quando tudo era luz, vida, emoção e divertimento, como descrevi no meu artigo Pedalando, publicado em 9 de janeiro de 2008, no jornal O POVO, e, em 2013, na coletânea de meus artigos e discursos A fala e a pena – para além do bonde”.

Quanto a 2017, Cavalcante espera que o FB Eusébio, em seu primeiro ano de funcionamento, corresponda à expectativa dos alunos, pais e mães. Além disso, tem a expectativa de ter mais tempo para curtir família, amigos e hobbies. “Já no campo profissional, desejo que se consolide a reforma política, buscando configurar em todos os âmbitos uma maioria de políticos bem intencionados e não o contrário, como temos visto”, ressalta. Para ele, o País resolverá, a curto prazo, sua crise político-econômica, “desde que os brasileiros estejam dispostos aos sacrifícios necessários, assim como alguém que se submete a uma cirurgia que, antes da paz e da cura, traz um trauma inicial.”

Quando perguntando sobre lugares especiais, são a Prainha do Canto Verde e Paris, nessa ordem, que são citados pelo educador. “Se eu pudesse ir a Paris de bermuda, papeando com a família no carro, sem passaporte, alfândega, a desfrutar de um peixe vindo direto e instantaneamente do mar ao fogão, para ser degustado na companhia de um champagne (“nacional”) e trocando ideias com meus grandes amigos nativos da Prainha. Se o Sena fosse trocado pelo mar do litoral leste, que, acertadamente, recebe o nome de Sol Nascente, então Paris estaria em primeiro lugar”, brinca.

Uma confissão: se depender de acordos a serem negociados com a família e com o Farias Brito, Cavalcante espera conseguir um tempinho para escrever o sonhado livro de contos. Já quando o assunto é luxo, o educador define a palavra como “ter tempo para caminhar na praia, na companhia da mulher amada, Jacqueline, das filhas Liz, Ana e Hildete, das netas Luciana, Maria Clara e Ana Carolina, e do genro, Luciano”.

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