O cantor Levi Castelo Branco iniciou sua carreira musical ainda na infância, quando cantava na igreja em que a família frequentava. Quando tinha apenas 12 anos de idade, foi convidado para sua primeira apresentação: tocar piano em um casamento. Desde então, nunca mais parou. Durante a adolescência viajou para os Estado Unidos e, pouco tempo depois, tornou-se diretor musical e pianista da igreja americana The Image Churche, em Seattle. Hoje, Levi espalha romantismo e carisma em suas apresentações.
Falando de música, o que é considerado luxo para você nos dias de hoje?
Acho que música nunca é luxo. Música é necessidade. Mas tem se tornado luxo ouvir música de qualidade, seja ela qual for. Acredito que a música reflete a conjuntura política e social do país. Aliás, toda manifestação cultural é reflexo de uma realidade social! Estamos passando por um momento muito violento, no sentido político, cultural, de ebulições sociais. A música, portanto, tem refletido tudo isso. Eu não critico a música moderna porque ela reflete uma realidade social. Tendo ouvidos, não apenas orelhas, é possível me teletransportar no tempo e no espaço a partir de um som. Isso que é o poder da música! Luxo é se sentir na França ouvindo a boa música francesa. Sentar na calçada de uma casa simples no Pio XII ou na Barra do Ceará, caminhar pelas ruas do Centro da Cidade [Fortaleza], ouvindo Edith Piaf, e sentir-se elevado, transmudado. É poder ouvir a boa música brasileira e desejar um Brasil melhor. Então, acredito que luxo é quando as coisas se eternizam e, ao meu ver, a música que promove o amor, a harmonia entre as pessoas, os bons gestos, os bons sentimentos, os valores da aceitação, do respeito pela raça humana, da igualdade entre gêneros, raça, origens diversas, ficará para sempre - enquanto aquela música que retratou um passo transitório de uma determinada cultura - passará e não será lembrada ou celebrada pelas gerações futuras.
O que é o novo clássico na música?
Acho importante, tratando sobre estética, perceber que os estilos musicais hoje conversam. Não existe mais essa separação entre a música clássica e a música moderna. Todo mundo mistura elementos da música eletrônica com instrumentos clássicos. Difícil ouvir um sertanejo romântico hoje sem que haja uma orquestra de 50 violinos tocando ao fundo. E isso é maravilhoso! Destaco, por exemplo, um trabalho de estética maravilhoso (que eu amo) - o Piano Guys. Eles têm um canal no Youtube com suas criações (recriações). Eu chamaria de "um novo clássico" essa capacidade de promover um hibridismo entre estilos, sem causar vergonha ao compositor original. Tenho certeza que Beethoven não estaria envergonhado de ouvir a quinta sinfonia sendo tocada com "Secrets", do One Direction, na faixa entitulada "Os Cinco Segredos" - Piano Guys.
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