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REVISTA O POVO NORTE 04/05/2016 - 14h00

A fogueira está queimando...

Mês de festa junina também é mês de quadrilha. E em Sobral a tradição dos festivais e do arraial continua mais viva do que nunca
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Lua Santos lucianasantos@opovo.com.br
Foto: divulgação

Mal o mês de junho começa e já se vê bandeirolas enfeitando as ruas de vários locais. O ritmo que passa a dominar os ambientes é o som melodioso da sanfona. E o cheiro que invade as cozinhas e desperta a fome é o do baião de dois, do vatapá, da paçoca, do bolo de milho e de outras comidas típicas. É tempo de festa junina e claro, se tem festa junina, tem arraial e quadrilha.

Há 20 anos, acontece em Sobral o Festival de Quadrilhas Juninas, sob o tema “Arraiá da Cultura e da Tradição”. A festa acontece na margem esquerda do Rio Acaraú, e este ano deve ter início no dia 24 de junho. “O Festival de Quadrilhas de Sobral transformou-se, durante este período, no maior evento junino da zona norte do Ceará, atraindo, não apenas a população do Município, mas também turistas e admiradores das cidades circunvizinhas, além de representar um importante momento econômico que, consequentemente, incrementa a economia, fortalecendo o turismo religioso, gerando ocupação de hotéis e movimentação nos restaurantes. Aumenta os lucros e ainda gera empregos diretos e indiretos”, explica Eliane Leite, secretária de Cultura de Sobral.

Em homenagem a São João..
Ao longo do Festival, acontecem apresentações de quadrilhas juninas, forrós e casamentos matutos, compreendendo três momentos distintos: Festival de Quadrilhas de Sobral, Mostra Tradicional de Quadrilhas Juninas e Encontro de Sanfoneiros e Violeiros. Para este ano, a Secretaria de Cultura pretende homenagear a cultura de Sobral e suas raízes. “Nossa cultura esta herdada das trocas e interações entre colonizadores portugueses, negros, índios e mestiços, mas também de sobralenses, pessoas que constroem e reconstroem a cidade no dia a dia, representando uma complexa teia, na qual estão incluídos os conhecimentos, os costumes, as artes, as crenças, os cultos religiosos, a literatura popular, as danças e os hábitos de nossa cidade”, adianta a secretária.


Para Eliane Leite, “a representação dessas manifestações e os diferentes espaços da festa transformam o cotidiano da cidade com a singularidade de espetáculos artísticos que dizem o que somos e fomos, reafirmando nossas riquezas e nossa diversidade cultural”

O forró já começou...
Com o tema “Curral Grande, das tragédias da seca à seca de homens”, a quadrilha Luar do Sertão, original do bairro Sinhá Sabóia, foi a grande vencedora da 19ª edição do Festival de Quadrilhas de Sobral, ocorrida ano passado. O grupo ganhou ainda o Festival Ceará Junino, e representou nosso Estado no “São João do Nordeste”, realizado em Pernambuco. Segundo Ceiça Ferreira, integrante da diretoria da quadrilha e brincante, a Luar do Sertão tem cerca de 100 membros, entre brincantes, regional e equipe de produção. “A quadrilha Luar do Sertão de Sobral, agora em 2016, faz 20 anos de história, juntamente com nossa marcadora e coreografa Helanne Monteiro, bicampeã cearense que também fará 20 anos de sua trajetória Este será um ano bastante especial para todos nós”, ressalta.

Os preparativos para o momento maior de uma quadrilha – a apresentação no arraiá – começa entre dezembro e janeiro, e é bastante intenso. Ceiça Ferreira explica que os preparativos da Luar do Sertão vão de janeiro a maio, quando começa o ciclo de festivais. E dentro da temática do Festival da Quadrilha de Sobral, a Luar do Sertão vai prestar homenagem a uma festa popular cearense que foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, (Iphan). “Este ano iremos trazer para as quadras um pouco da Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio de Barbalha (CE) que, por sinal, entrou para a lista das celebrações registradas como patrimônio imaterial brasileiro. Será um misto de cultura popular e fé católica”, nos adianta a brincante, que se emociona ao dizer a motivação do grupo em buscar sempre se reinventar a cada ano, a cada festa junina: “O que nos move em quadra é a satisfação de ver nosso trabalho sendo reconhecido, aceito e tão aplaudido pelo público. Isso realmente não tem preço.”

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