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Um dos gêneros musicais populares no Cariri é o reggae. Além da primeira banda formada na região em meados de 2001, a Missão Miranda, outras, como Dom Rasta e Mary Roots, conquistaram os mais variados públicos com letras que aliam a filosofia de paz, liberdade e crítica social a um ritmo lento e dançante. Em 2008, surge a banda Dona Flor, um diferencial para o reggae no Cariri por ser a primeira banda com mulheres nos vocais e que, em 2013, viria a quebrar para formar a Nazirê, banda que, desde então, é grande referência para o estilo na região.
Formada pelas três vocalistas Géssica Alencar, Jordânia Martins e Ranny Ramos, que cantam sob instrumental de duas guitarras, teclado, baixo e bateria, a Nazirê – adaptação do termo hebraico “nazireu” ou “a serviço de Deus por um tempo indeterminado ou pela vida inteira” - “ganhou asas” ao publicar no Facebook o single autoral Acorda Pra Vida, que tem quase 12 milhões de visualizações no Brasil inteiro e em países como Espanha, Japão e Portugal.
Acorda pra Vida
Géssica, que como Ranny é natural de Juazeiro do Norte, conta que a Nazirê estava prestes a acabar quando Jordânia, do Crato, mandou uma parte de uma de suas composições para que a amiga continuasse. “Depois de terminado, ela insistiu para que a gente gravasse um vídeo e eu chamei a Ranny para gravar”, conta. “Havia uma energia muito boa, sabíamos que precisávamos gravar naquele dia.”
Gravaram duas vezes e, então, decidiram postar a primeira versão no Facebook. “Fomos dormir sem nem imaginar que, no dia seguinte, já teríamos 400 mil visualizações e muitas solicitações de amizade, com pessoas publicando o vídeo até no Whatsapp”, prossegue Ranny. Tamanha foi a repercussão de Acorda Pra Vida, que o single chegou à maior web rádio de reggae do País, a SOMJAH.
Um reggae para inspirar
Desde pequenininhas, as meninas do Nazirê contam que gostavam de reggae. “Quando tinha uns oito anos era muito fã de Cidade Negra, a batida da banda era muito tranquilizante”, lembra Géssica. Ranny diz que sempre quis montar uma banda e tinha o sonho de ser cantora. “Minhas bandas favoritas são Mato Seco, Ponto de Equilíbrio e Alpha Blondy.”
As vozes das meninas parecem encaixar perfeitamente e, combinadas às letras positivas que dizem que “tudo vai melhorar”, já inspiram muitos fãs a dividirem suas histórias de superação com a banda. “Antes do vídeo ‘estourar’, já tínhamos duas músicas, sendo uma delas A Vitória Vai Chegar. Uma moça que tinha perdido a namorada e tinha síndrome do pânico nos mandou uma mensagem dizendo que depois de escutar a música levantou a cabeça e tentou fazer uma nova vida, mesmo com a dor que estava passando”, narra Géssica.
A vocalista conta, entre outras muitas, a história de uma fã que conheceu a banda por causa do namorado que faleceu. “Ela veio conversar com a gente depois de tocarmos em um shopping de Juazeiro, dizendo ter sentido a presença do namorado naquele dia. No dia em que ele planejava trocar alianças com ela, em um show nosso com a banda Natiruts, acabou falecendo.”
Inspiração feminina
Fazer música em um cenário majoritariamente masculino de bandas de reggae não é tarefa fácil. Diante de muitas críticas negativas – as vocalistas afirmam terem recebido comentários associando o sucesso à beleza de cada uma ao invés do talento musical –, a Nazirê mostra-se firme e forte, com agenda de shows aumentando, um EP de 11 músicas a ser lançado e planos de montar uma lojinha.
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