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Além de se preocupar com o trabalho e com a carreira, a mulher também tem papel central na vida familiar. “A função de esposa é maior que a de marido”, afirma Heloísa. “Ela está preocupada com os filhos que estão em casa, com as tarefas dos filhos, com o marido”. Segundo a procuradora federal Maria Vital, a mulher tem que se triplicar para poder se manter bem e saudável e, ao mesmo tempo, cuidar da família e da estética. “Conseguimos devido a nossa capacidade fazer muita coisa ao mesmo tempo”.
Essa divisão do tempo para dar conta de todos os aspectos da vida, de acordo com Heloísa, deixa a mulher com menos tempo para expandir a rede de contatos profissionais. “O homem, depois do trabalho, vai fazer um happy hour com outros executivos e adquire mais contatos. A mulher tem uma carga extra e acaba sendo prejudicada, pois a maioria desses cargos se consegue com networking”, explica Heloísa.
Apesar de estar enfraquecida, ainda existe a cultura que percebe a mulher no poder de forma “masculinizada”. Para Maria Vital, é uma percepção que acontece em decorrência da função que a mulher exerce. “As pessoas confundem. Quando você não agrada todo mundo, já é vista como rígida e inflexível”. Já Heloísa afirma que essa tendência mudou. “Apresentar firmeza e até autoritarismo era uma forma das mulheres se firmarem em um mundo masculinizado”, afirma. “Hoje já percebemos mulheres bastante femininas em cargos de liderança”. (YP)
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