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Dados do IBGE de 2012 mostram que o público feminino ocupa 45,6% do mercado de trabalho. No entanto, de acordo com pesquisa realizada na América Latina pelo instituto de pesquisas Corporate Women Directors International (CWDI), apenas 5,4% das grandes empresas brasileiras têm mulheres em seus conselhos. A pesquisa mostra que o percentual brasileiro só é maior que o chileno e que ainda é inflado por conselheiras de empresas familiares. Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o índice de presença feminina nos conselhos é de 7,7% para as companhias abertas.
Para aumentar a presença feminina nos conselhos de administração de empresas públicas e das sociedades de economia mista, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) enviou proposta ao Senado prevendo cota de 40% de mulheres nos conselhos. O projeto prevê o preenchimento dos cargos de forma gradual: 10% de mulheres até 2016, 20% até 2018, 30% até 2020, e 40% até 2022. A proposta, que já foi aprovada pelo Senado, segue em tramitação na Câmara dos Deputados.
Para a superintendente do IBGC, Heloísa Bedicks, impor uma cota para a presença de mulheres nos conselhos administrativos não é uma ação saudável. “A lei aceleraria o crescimento da porcentagem de mulheres nos conselhos, mas esse deve ser um processo meritocrático, e não imposto”, explica Heloísa. “Eu não gostaria de estar em um conselho onde alguém falasse que eu estava ali porque estava cumprindo uma determinação judicial, e não pela minha competência”.
De acordo com a superintendente, os conselhos administrativos precisam ter diversidade, devendo ser formado por pessoas de diferentes gêneros, idades, formações e áreas de atuação. “A mulher representa hoje 70% das decisões de compra do mercado”, afirma. “Ter uma mulher no conselho agrega valor para a própria empresa”. Outra opção para incrementar a porcentagem de mulheres, segundo Heloísa, é promover encontros entre presidentes de conselhos e altas executivas para que eles possam treiná-las. “Nós oferecemos cursos de capacitação que são exclusivos para mulheres”.
“O preconceito (contra as mulheres) é real”, afirma a superintendente. “Mas temos que mostrar que entendemos tanto quanto os homens ou mais”.
Vantagens
Segundo Heloísa, há pesquisas que revelam que a mulher tem menor apetite ao risco do que o homem. “Com a presença de mulheres, os conselhos se tornariam mais equilibrados”, afirma. Outra vantagem que conselhos com presença feminina teriam, de acordo com a superintendente, seria a maior atenção aos detalhes. “A mulher tem uma sensibilidade muito maior que o homem e gosta de ir mais fundo aos detalhes”, explica. “Os homens são mais suscetíveis a ter vergonha de dizer que não sabem algo e podem aprovar determinados assuntos sem ter conhecimentos necessários”.
Saiba mais
Cotas para mulheres pelo mundo
Noruega – Tem sistema de cotas desde 2003. Hoje, 40 % dos conselhos já tem participação de mulheres. Na época, a média de presença feminina era de 7%.França, Bélgica, Holanda, Itália, Islândia: Aprovaram, no ano passado, cotas femininas que variam de 33% a 40%
Alemanha – Projeto de lei pretendia instaurar cota de 40% de representação feminina até 2023, mas foi rejeitado pelo Parlamento.
Espanha – Lei com cota de 40% foi aprovada em 2007 e as empresas do país têm até 2015 para se adaptarem.
45,6
por cento do mercado de trabalho brasileiro é de mulheres
5,4
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