[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Demitir custa caro, diz especialista | O POVO
Indenizações e ambiente corporativo 14/04/2013

Demitir custa caro, diz especialista

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Carlos Mota: buscar incentivos fiscais e redução de custos logísticos são alternativa às demissões
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Demissões custam caro a uma empresa. Além dos gastos com indenizações, ela cria clima de insegurança no ambiente coorporativo e perde mão de obra que estaria disponível para novos desafios. É o que explica Carlos Mota, sócio da Ernst & Young Terco no Ceará, em entrevista ao O POVO.

 

O POVO - O que leva as empresas a demitir em momentos de crise?

Carlos Mota - Porque é maneira mais fácil. Mais difícil é aumentar o faturamento. E quando não você consegue fechar o ralo, a maneira mais fácil e menos complicada passa sempre redução de quadro funcional, o que nem sempre deveria ser a realidade.

 

O POVO - Qual a desvantagem de cortar gastos com pessoal?

Carlos Mota - Quando uma empresa faz a reestruturação ela tem muitos gastos, como com as indenizações, por exemplo. E ainda pode sair com a imagem arranhada. O prejuízo com imagem é muito mais custoso de ser recuperado.

 

O POVO - Então o que a empresa pode fazer em momentos de crise para não ter de cortar pessoal?

Carlos Mota - Apesar de a demissão ser o caminho mais fácil, a empresa precisa aproveitar a diminuição da carga horária e de horas extra você mantém a mão de obra dentro da empresa. A mão de obra na qual você apostou e que carrega a cultura da empresa ela continua com você. Além disso, o processo de recuperação dessa mão de obra no futuro é muito custoso.

 

O POVO - Ainda assim, a demissão traz alguma vantagem? Afinal, ela é a primeira alternativa para muitas empresas.

Carlos Mota - Ao demitir, você pode ter uma folga financeira no primeiro momento. Mas é preciso repensar a sua estrutura de custo físico, verificar os focos mais elevados de custo e os serviços mais rentáveis da empresa, para aproveitar melhor a mão de obra já existente. Por exemplo, uma empresa que produz cadeiras e mesas pode perceber que a venda de cadeiras está dando lucro enquanto a venda de mesas não. Se trabalho é o mesmo para a produção de ambos, ela pode direcionar toda a mão de obra para a fabricação de cadeiras, gerando mais receita e obtendo um lucro maior.

 

O POVO - Quais seriam outras opções para reduzir custos
sem demitir?

Carlos Mota - Buscar incentivos fiscais para manter a empresa no local onde ela está trabalhando. E procurar reduzir os custos com logística, concentrando, por exemplo, a operação de duas fábricas em uma. Isso reduz o custo com transporte sem redução da folha.

OPOVO - Na sua visão, o empresariado Brasileiro vem se comportando dessa maneira?

Carlos Mota - A gente está começando a pensar assim. Porque nós estamos vivendo em um nível muito perto de pleno emprego, onde a recontratação do funcionário é muito mais cara do que mantê-lo em momentos de crise. Mas, hoje, a grande maioria ainda passa pelo processo imediato de demissão.

 

OPOVO - Quais as consequências para a empresa que opta pela demissão?

Carlos Mota - O processo de demissão gera um clima de incerteza e desconfiança interna na empresa muito grande, e com isso a produtividade cai. De modo que você reduz o custo, mas tem uma piora na qualidade dos produtos ou do serviço.

OPOVO - Em que o empresário deve focar nos momentos difíceis?

Carlos Mota - A empresa tem que olhar para dentro de si para enxergar qual é o real problema, pode ser que o produto não esteja bem direcionado, por exemplo. E cortando despesas com pessoal você apenas prorroga esse problema. (Bruno Cabral)

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