Protagonistas e quadrinistas mulheres ainda são raridade na cultura pop. Na lista do portal da games IGN dos 100 melhores heróis dos quadrinhos, por exemplo, apenas 15 eram mulheres. Em artigo publicado no jornal inglês The Guardian, o editor Keith Stuart ainda lembra que as raras heroínas são excessivamente sexualizadas, com roupas coladas, barriga à mostra e grandes decotes.
A maioria das personagens femininas nos games vem atrelada ao complexo da donzela em perigo – vide as princesas Zelda e Peach em The Legend of Zelda e Mario Bros., respectivamente. Em 1986, as mulheres se inseriram no sucesso Metroid, para o Nintendinho, mas como uma surpresa. Só descobria que Samus Aran era uma mulher quando se terminava o jogo. E tanto ela como Lara Croft, protagonista do sucesso Tomb Raider (1996), eram excessivamente sexualizadas.
No ano passado, o Twitter feminista Feminist Frequency (@femfreq) reclamou publicamente da falta de protagonistas mulheres nos games apresentados para a próxima geração de videogames, se referindo especificamente ao Xbox One. O resultado foi uma série de replies (respostas) misóginas do público geek – uma população tradicionalmente de nicho.
“Você esperava o quê? Jogos para cozinhar e lavar roupas?”, bradava um. “Cala a boca”, respondiam muitos. “Talvez quando mais mulheres jogarem videogames”, insistia outro, ignorando o fato de que, segundo um estudo da Entertainment Software Association, ano passado o percentual era de 45% de gamers mulheres contra 55% de homens. Ainda que a cultura pop se caracterize por uma população de excluídos, parece que ela segue excluindo. (André Bloc)
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