[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Entrevista: O sucesso de Antônio | O POVO
Eu Me Chamo Antônio 14/01/2014 - 09h48

Entrevista: O sucesso de Antônio

Em entrevista ao O POVO, criador da página Eu Me Chamo Antônio comenta as narrativas em seus guardanapos poéticos. Antônio também é personagem de livro
Compartilhar

Com mais de 500 mil curtidas em página do Facebook, Eu Me Chamo Antônio é um projeto criado pelo publicitário Pedro Gabriel. Após viralizar também no tumblr e instagram, Eu Me Chamo Antônio ganha agora livro de arte. Pedro Gabriel concedeu entrevista ao O POVO explicando o “nascimento” e o “sucesso” desse personagem que é um “alterego” do autor.


O POVO – Pedro, como nasceu Antônio?
Pedro –Antônio nasceu no balcão do bar do Café Lamas, um restaurante muito tradicional aqui no Rio de Janeiro. Depois de um longo dia de trabalho, eu decidi parar para tomar um chope e, enquanto esperava meu pedido, fiquei desenhando e escrevendo em um guardanapo. Acabarei gostando do resultado e decidi fotografar minha primeira arte criada. Na semana seguinte, abri uma página na internet para ter um registo de todas as minhas criações até então.

OP – Quem é esse personagem desse romance que está sendo escrito e vivido?
Pedro – Acredito que o Antônio seja a forma que eu encontrei para canalizar todos os meus sentimentos. Foi através dele e, por consequência, dos guardanapos que acabei criando coragem para expressar as palavras e os desenhos que eu não conseguia verbalizar de outra forma. Ele é uma espécie de alter ego.

OP – Por que usar guardanapos como suporte?
Pedro – Justamente por ter nascido em um balcão de bar, o guardanapo passou a ser a única plataforma que eu tinha disponível naquele momento. Hoje, depois de mais de um ano desde a primeira criação, ainda me sinto bem ao desenhar palavras nesse pedacinho de papel tão pouco valorizado.

OP – Como conseguir casar tão bem desenhos e frases?
Pedro – Na hora de criar, eu nunca sei se o guardanapo terá uma ilustração ou se será somente um pequeno poema. Eu sempre sigo o ritmo da minha mão e vou preenchendo os espaços conforme a necessidade de cada guardanapo.

OP – Como surgem os temas dos guardanapos que passam pelas mãos do Antônio, mas que nascem na cabeça do Pedro?
Pedro – Pra mim, o guardanapo funciona como um pequeno espelho pelo qual eu consigo fazer refletir tudo o que eu sinto. E "tudo o que sinto" nada mais é do que tudo o que eu vivi, ouvi, li ou contemplei nesses 29 anos. Quanto mais referências você acumular na vida, mais reflexos terá o seu espelho.

OP – A página é um sucesso na internet (Facebook, Tumblr, blog...). A que você atribui essa identificação dos internautas com os amores e desamores de Antônio?
Pedro – Quando criei a página, no final de outubro de 2012, eu nunca imaginei que ela fosse ganhar toda essa dimensão. Eu abri a página para ter um registro de todas as minhas criações até então, sem pretensão alguma. Em pouco tempo, para a minha surpresa, muitas pessoas se identificaram com as minhas mensagens e os meus desenhos em guardanapos. Acredito que o visual atraente e o conteúdo que fala de sentimentos comuns de uma forma diferente tenham ajudado a fortalecer essa identificação com os meus leitores.

OP – Por que transformar a história do Antônio em livro? Como essa obra é estruturada
Pedro – O convite de traduzir todo esse universo on-line que a minha página proporcionava diariamente em um livro partiu da editora Intrínseca. O grande desafio foi levar aos leitores uma nova forma de se encantar pelos guardanapos. O livro traz duas formas de leitura. Você pode abrir o livro em uma página aleatória e ler como se fosse um poema do dia ou você pode ler os guardanapos de forma sequencial e enxergar um romance desenhado, no qual o Antônio narra suas aventuras boêmias e amorosas. Acredito que esse livro será um novo encantamento para os que já acompanham meus guardanapos pela internet e será também uma oportunidade de apresentar minha arte para quem não tem o costume de usar as mídias sociais. Sem falar na edição caprichada e no projeto gráfico que deram uma cara de livro de arte ao Eu me chamo Antônio.

Paulo Renato Abreu
Especial para O POVO
paulorenatoabreu@opovo.com.br

Compartilhar
espaço do leitor
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro a comentar esta notícia.
0
Comentários
300
As informações são de responsabilidade do autor:
  • Em Breve

    Ofertas incríveis para você

    Aguarde

Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje

Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object

ACOMPANHE O POVO NAS REDES SOCIAIS

Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo

Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>

O POVO Entretenimento | Vida & Arte