[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Pedaços do Nordeste | O POVO
Kukukaya 24/04/2013

Pedaços do Nordeste

Para inauguração da nova cachaçaria, o Kukukaya recebe esta noite a exposição Meu interior, de Fernanda Meireles. O compositor Evaldo Gouveia também celebra sucessos e canções inéditas feitas com Paulo César Pinheiro
FOTO: DIVULGAÇÃO
Imagens da exposição de Fernanda Meireles: resultado de um longo passeio que durou cerca de quatro anos
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Apesar da pobreza e da secura que conferem um ar tão tristonho, o Nordeste brasileiro produz suas belezas. São retratos de um tempo que já sumiu das grandes cidades, como meninos brincando na rua, banhos de rio e cadeiras na calçada.


Imersa nesse ambiente particular, a escritora Fernanda Meireles percorreu algumas cidades do interior nordestino e capturou em texto e imagem suas impressões. O resultado das viagens está na exposição Meu interior, que abre esta noite na inauguração da cachaçaria do Kukukaya.


Meu interior é um longo passeio que durou cerca de quatro anos para ser produzido e andou por Sobral, Caxitoré, Crato, Juazeiro, Nova Olinda, Sousa (PB) e Caicó (RN). Natural de Marabá, no Pará, Fernanda define a exposição como o encontro “da fome com a vontade de comer e a comida. Tudo junto”. Atenta às mudanças das cidades, ela encontra neste tema um bom mote para muitos dos seus trabalhos. “Eu penso muito sobre a cidade. Onde você mora? Onde se sente em casa? Quando me veio o convite para essa exposição foi que eu vi que já tinha muita coisa guardada”, explica por telefone.


Dessas andanças, Fernanda destaca a viagem que fez para conhecer e apresentar o Cariri para uma amiga. “Ao mesmo tempo que era novo para mim, relembrei de Chaval, onde eu ia visitar meu pai. Lá tinha coisas como ficar na pracinha, novena, lobisomem, açude, bicicleta”, relembra a escritora, acrescentando que parte dessa ingenuidade se conserva de alguma forma. “Pelo menos duas coisas se conservam. Uma é a estética da gambiarra, quando as pessoas fazem as coisas com o que têm. Seja uma tapioca, um artefato de madeira, um presente, eles têm essa capacidade de lidar com o improviso. Outra coisa que se mantém é a doçura, uma forma boa de receber as pessoas. Isso mesmo quando são pessoas realmente de passagem”.


Às vias de ir morar no Rio de Janeiro, Fernanda Meireles também vê nesta exposição uma forma de lidar com a própria mudança de cidade. Sem ter certeza se a saudade é um sentimento bom ou ruim, ela apenas afirma que “às vezes, as pessoas não cabem mais na sua cidade. Mas, eu vou caber sempre na minha cidade e ela vai caber sempre em mim. Um dos quadros, por exemplo, diz que o coração de uma cidade pode ficar em mais de um lugar e no interior do coração de uma pessoa pode existir mais de uma cidade”.

 

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