[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Composição independente | O POVO
PERFIS 31/03/2013

Composição independente

CAIO, AYRTON E OSCAR. Três nomes da polifônica cena musical de Fortaleza. Aqui, um pouco do percurso trilhado por cada um deles, as influências, os trabalhos autorais e inquietações. Histórias paralelas que convivem na mesma cidade e se encontra no desejo de fazer música
FOTO: ANDRÉ SALGADO/ARTE: GUABIRAS
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Um dos nomes mais novos da nova cena musical autoral cearense, Caio Castelo começou a apresentar suas primeiras composições há cerca de dois anos, junto com o coletivo artístico Comparsas da Vivenda. Junto com Richell Martins, Amanda Nogueira, Carlos Hardy e Lorena Nunes e outros, o grupo foi construindo um repertório aberto para as influências de cada um. Desse trabalho, surgiram canções de forte personalidade melódica e poética, que dialogavam com o blues, o rock, o fado e outros estilos.
 

Essencialmente autodidata, Caio Castelo chegou a ter algumas poucas aulas particulares de piano ainda na infância. Depois de largar o estudo formal, descobriu o violão e a guitarra, montou algumas bandas “muito ruins”, como ele mesmo classifica, e fez algumas composições também “muito ruins”. “No começo, eu ouvia muito Jimi Hendrix e Joe Frusciante, que são influências ainda hoje. Também ouvia muito Iron Maiden. Mas, depois, vieram outras coisas, como Caetano, Silverchair e Mutantes”, elenca o músico.
 

Com a dispersão do coletivo, Caio Castelo pode se voltar para uma carreira solo e para a produção do seu primeiro disco. Silêncio em movimento foi lançado em fevereiro de 2013, trazendo 12 canções inéditas. Produzido, arranjado, interpretado e composto (em algumas faixas, ao lado de parceiros) pelo próprio Caio, o disco contou com a colaboração de amigos como Tom 

Drummond, João Paulo Peixoto e parte do velho Comparsas.
 

Disponibilizado gratuitamente em seu site oficial, o disco Silêncio em Movimento é um trabalho independente que revela com fidelidade os primeiros momentos de um artista. Gravado ao longo de um ano, Caio confessa que até se preocupou com o fato de não haver pensado numa unidade, um conceito para o trabalho. “A ideia era mesmo só pegar minhas músicas e grava-las. Como eu só tocava em shows, eu nunca conseguia ouvi-las. Quando terminou (a gravação), acho que existiu uma certa unidade, uma identidade”, avalia.

Ayrton Pessoa
Fortalezense com pouco mais de trinta anos, Ayrton Pessoa – também conhecido como Bob – já acumula em seu currículo uma boa variedade de trabalhos. O início dessa história aconteceu ainda na infância, quando adotou o teclado da irmã como seu primeiro instrumento. Impressionado com os sons doces de Tom Jobim, foi por volta dos 12 anos que ele começou também a se arriscar como compositor.
 

Em sua formação como músico, Ayrton teve uma passagem pelo Conservatório de Música, estudou piano e composição, e teve como mestres Liduíno Pitombeira e Alfredo Barros. Aos 16 anos, ele juntou uma turma de amigos de colégio e formou a banda Argonautas, dedicada a canções autorais com um sotaque puxado para a MPB mais tradicional. Tom Jobim, Edu Lobo e Elomar são algumas das influências do quarteto que, atualmente, se encontra num período de hibernação.
 

Como artista solo, Ayrton Pessoa atua como compositor, instrumentista e arranjador. Seus acordes estão presentes em discos e shows de artistas e amigos como Paula Tesser, Gustavo Portela e Andrea Piol. Da porção autoral, ele lançou uma seleção de chorinhos no disco Manual prático da saudade (2012). “Eram coisas que eu tinha composto e que resolvi registrar. Na época, fiz muitos shows. Mas, como eram muitos artistas no palco, acabou ficando muito dispendioso”, comenta o músico sobre o projeto aprovado em 2010 num edital da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor).
 

No entanto, nem só de choro e MPB vive o trabalho de Ayrton Pessoa. Pelo soundcloud do artista, é possível ouvir uma variedade de estilos se misturando. São coisas que vão dos eletrônicos à valsa. “Eu tenho gosto por ter muitas influências. Como trabalho com muitas pessoas diferentes, gosto de arejar o que faço”, explica ele que também já compôs trilhas para teatro. Entre elas, Ivanov (Teatro Máquina), Mão na face (Bagaceira) e Tudo que eu queria te dizer (Cia. Lai-tu). Essa última, inclusive, chegou a ser lançada em disco.
 

Formado em Filosofia, Ayrton Pessoa ainda divide seu tempo com outras atividades. Além de dar aulas de música (piano e violão), ele também trabalha como ilustrador no estúdio 2ilustres, ao lado de Érica Zoe. São dela, inclusive, os desenhos que compõem o encarte do disco Manual prático da saudade.

Oscar Arruda
A descoberta do violão aconteceu para Oscar Arruda ainda nos primeiros anos e já trazendo a mistura como ponto de partida. Se por um lado ele tinha aulas de violão clássico com um professor particular, por outro conhecia o estilo popular de Fagner e Ednardo através dos caderninhos de partituras das irmãs.
 

No entanto, por volta dos 13 anos, enquanto o rock brasileiro explodia nas rádios, o peso das guitarras incentivou Oscar a montar sua primeira banda. Influenciado por Legião Urbana e Titãs, ele arregimentou os amigos do colégio Santa Cecília e seguiu tocando até os 15 anos, quando mudou-se para Ribeirão Preto, São Paulo. Por lá, conheceu Led Zeppelin, Black Sabbath, Pink Floyd e montou um novo grupo.
 

Oscar voltou para Fortaleza aos 23 anos, formado em Administração. Ao chegar, formou o Somfusão, quarteto instrumental que incentivou ainda mais seu lado compositor. “Desde criança, já comecei a compor. Mas, com a banda, teve um impacto maior nessa história”, explica ele que, agora, passava a incluir o jazz entre suas influências.
 

Depois de passar uma temporada em Brasília, Oscar voltou tentando reagrupar o Somfusão, que havia se dispersado. Embora não tenha funcionado, ele começou a fazer novas parcerias, participar de novos projetos e apresentar as canções que, em 2012, foram lançadas no disco Revolução. Embora esse disco de estreia ainda esteja recente, ele já tem planos de lançar um novo no próximo ano. “O primeiro de certa forma foi um resgate, um retorno ao rock, ao folk. Tem uma coisa de banda muito forte. Nesse novo, eu quero experimentar outras coisas, quero sair desse formato e procurar algo um pouco mais experimental, mais intimista. Que fale mais próximo de quem escuta”, planeja. (Marcos Sampaio

 

O ORIGINAL


RAIMUNDO FAGNER
FAGNER

Caio Castelo assume a sedutora simplicidade da capa do terceiro de Fagner, lançado em 1976, que trazia parcerias com Petrúcio Maia, Abel Silva, Capinan e Fausto Nilo 

 

Multimídia
Acompanhe o trabalho desses artitas no espaço virtual
Oscar Arruda: www.oscar.mus.br
Caio Castelo: www.caiocastelo.com
Ayrton Pessoa: soundcloud.com/ayrtonpessoa

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