[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] "Rânia" chega ao cinema comercial em dez capitais | O POVO
Cinema 27/03/2013

"Rânia" chega ao cinema comercial em dez capitais

Após passagem bem sucedida por festivais no Brasil e no exterior, filme dirigido e produzido pela cearense Roberta Marques chega ao cinema comercial de dez capitais brasileiras, inclusive Fortaleza
FOTO: DIVULGAÇÃO
Cena de Rânia: força e universalidade do trabalho ajudaram a distribuição
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Qual a personagem-título, o filme Rânia mais uma vez dá mostras de sua força. Em cartaz nas salas do cinema de um importante shopping da Cidade desde o dia 22 último, o primeiro longa-metragem da diretora cearense Roberta Marques foi sendo talhado nas dificuldades para financiamento da produção e, depois, pelos prêmios que ganhou nos festivais onde foi exibido. Entre a batalha para fazer e o reconhecimento do que foi feito, houve tempo suficiente – quase três anos – para convencer Priscila Rosário, da distribuidora carioca Tucumán Filmes, de que era preciso conquistar outros territórios para Rânia. Por ora, as salas comerciais de dez capitais brasileiras. Além de Fortaleza, também recebem a produção São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis, Maceió, Recife e São Luiz.

 

A distribuidora, ainda pequena, faz sua primeira aposta num filme de ficção nacional com Rânia. No início, o centro das atenções da Tucumán eram os latino-americanos e mesmo esses, entenda-se, iam além dos já bem aceitos argentinos. “Eu gosto de difundir essas coisas fora do eixo, de descobrir coisas boas e apresentar”, diz Priscila. O primeiro contato dela com a produção cearense aconteceu no Festival do Rio, em 2011, quando o longa ganhou a Mostra Competitiva Novos Rumos. A impressão não podia ser melhor. “Eu assisti, gostei, no semestre passado encontrei a Alessandra Castañeda (produtora-executiva) e a gente teve dois meses pra fazer o trabalho com os exibidores”, conta Priscila.


Esses exibidores, diz ela, estão mais receptivos ao cinema de arte brasileiro, caso de Rânia. Além disso, “o público está se educando a ver os filmes brasileiros de arte e as distribuidoras estão trabalhando cada vez mais nisso. O mercado está se consolidando”, acredita Priscila. Ainda assim, a empreitada de disseminar um filme como esse pelo circuito comercial das principais capitais do Brasil continua sendo um desafio. “É um pouco trabalho de guerrilha. E o Rânia é um projeto que desde o começo tem sido na raça. A gente sempre acreditou porque a essência do trabalho é muito forte”, diz Roberta. Para a diretora, sem a coragem da Tucumán e o apoio da Maré Produções, que entrou quase no fim do processo e garantiu detalhes importantes como trailer, cópias, cartazes e seguro do filme, não teria sido possível dar mais esse passo. Estava acertada a cessão do longa para TV, pelo Canal Brasil, a partir de maio.


Transformação

Um facilitador desse processo foi o próprio Rânia, assegura Priscila. “É um filme que não tem um grande público, mas tem seu espaço. É um filme de autor, de arte, mas muito pulsante. Dentro do cinema autoral dialoga muito, é bastante universal, foge a um caráter regionalista”. O longa conta a história de uma menina-adolescente de Fortaleza, moradora do morro Santa Terezinha, que sonha ser bailarina e se vê dividida entre a dança informal, numa casa noturna, e a possibilidade de se profissionalizar. Estrelado por Graziela Félix, com Nataly Rocha e Mariana Lima (um dos maiores nomes do teatro brasileiro, em cartaz também com A Busca) no elenco, a narrativa mostra como a arte pode transformar a vida de jovens pobres.

 

À parte as dificuldades de chegar a esta fase final do projeto, para Roberta, a sensação agora é de trabalho cumprido e de expectativa pela recepção de Rânia. “Eu acho que agora é um pouco como se eu largasse a mão dela e dissesse ‘vai’. É um momento muito bom porque o meu papel como produtora se fecha. Se ele não fosse pro circuito comercial eu ficaria me devendo essa última fase do ciclo de fazer um filme. Eu considero que fechei o meu trabalho agora”, diz a diretora que, enquanto deixa Rânia sair de sua “corrente sanguínea”, começa a abrir espaço para o próximo projeto. Talvez, quando ele vier, Rânia tenha ido ainda mais longe. Quem sabe o cinema francês? Este é o plano da distribuidora, que vai ao Festival de Cannes, em maio, em busca de outros territórios.

 

SERVIÇO

 

Rânia no Multiplex UCI Ribeiro Iguatemi Fortaleza:

Dias 27/03 e 28/03 e de 01 a 04/04 (Segunda à Quinta) - 19h30

Dia 05/04 (sexta) - 21h30

Dia 06/04 (sábado) - 10h45

Dia 07/04 (domingo) - 12h10

 

Saiba mais

 

Prêmios na bagagem


- Troféu Mucuripe de Melhor Atriz para Graziela Felix no Cine Ceará 2012;


- Melhor Filme da Mostra Novos Rumos do Festival do Rio 2011;


- Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema Feminino;


- Menção Especial de Melhor Filme no Festival Lume (MA);


- Selecionado para Hollywood Brazilian Film Festival; Festival du Cinema Bresilien de Paris; World Cinema Amsterdam e Festival do Novo Cinema Latino Americano de Havana.


Raphaelle Batista raphaellebatista@opovo.com.br
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