[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Ícone da literatura social deixará saudades | O POVO
Luto 17/05/2012

Ícone da literatura social deixará saudades

Com um legado de mais de 50 títulos, morreu na última terça, 14, o escritor Carlos Fuentes, vítima de hemorragia interna, ocasionada por uma úlcera
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AFP PHOTO/ALFREDO ESTRELLA
Filho de diplomatas, Carlos Fuentes chegou a morar no Rio de Janeiro quando criança


O escritor mexicano Carlos Fuentes era meio brasileiro também. Apesar de ter nascido no Panamá e ter sido registrado no México, os primeiros anos de sua vida foram vividos no Brasil, em meio à paisagem carioca. É possível que alguns lampejos de brasilidade refletissem nos seus textos, iluminando seus leitores. “Sabemos que um dia ela virá, mas não sabemos o que é”, deixou registrado em um de seus escritos em referência à morte. Daqui, ele partiu para outras capitais pelo mundo até retornar ao México, onde viveu até a última terça, 14.


Aos 83 anos, o escritor, considerado um dos literatos que mais influenciaram a escrita latino-americana, deixa um legado de mais de 50 títulos entre romances, ensaios, peças teatrais e contos. O médico Arturo Ballesteros, que o atendeu em sua residência, na Cidade do México, revelou a uma de TV que o escritor teve “uma hemorragia intensa durante a noite derivada de uma úlcera. Apesar de todos os nossos esforços, Fuentes morreu às 12h15min (14h15min em Brasília)”, disse.


Carlos é considerado um dos responsáveis pela modernização da literatura hispano-americana. Talvez essa vida cheia de encontros e desencontros culturais com os quais se deparou a cada novo lugar que morou tenha sido o motivo que o tornou tão múltiplo. Mesmo diante do seu cosmopolitismo, a identidade mexicana nunca ficou de lado nas suas histórias, eivadas de críticas sociais.


O presidente americano George W. Bush, por exemplo, foi comparado, em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo em 2004, a Hitler e Stalin. “Houve presidentes inteligentes e bons (Truman, Carter), bons e simplórios (Ford e Eisenhower), inteligentes e perversos (Johnson e Nixon), brilhantes e sacrificados (Kennedy), simplórios, mas obsessivos (Reagan). Agora, os EUA têm um presidente ao mesmo tempo simplório e perverso: Bush”, afirmou.


Admirador de Machado de Assis, o escritor esteve no Brasil pela última vez em novembro, no Rio de Janeiro, onde voltou a conversar com o jornal O Estado de S. Paulo. Contou que finalizava o livro Federico en Su Balcón, no qual narra um encontro fictício com Nietzsche.


Entre suas publicações, os títulos mais famosos são A Morte de Artemio Cruz (1962), Aura (1962), Terra Nostra (1975) e Gringo Velho (1985). No Brasil, Carlos Fuentes foi homenageado duas vezes pela Academia Brasileira de Letras. E aqui também fez uma grande amiga: a escritora Nélida Pinõn. Fuentes também recebeu as maiores honrarias literárias: %u018DCervantes e Príncipe das Astúrias e vários títulos de Doutor Honoris Causa. (das agências)

 

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Carlos Fuentes nasceu no Panamá, mas foi registrado no México. Morou em vários Países, inclusive no Brasil. É tido como o responsável pela modernização da literatura hispano-americana e um dos principais escritores do mundo.

 

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