[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Festival de Cannes começa hoje com On The Road na disputa | O POVO
Festival de cinema 16/05/2012

Festival de Cannes começa hoje com On The Road na disputa

Numa parceria franco-americana, o cineasta brasileiro Walter Salles enfim apresenta sua versão para o clássico romance da literatura beat de Jack Kerouac. On the Road estreia em Cannes e chega em junho ao Brasil
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Com Kristen Stewart no elenco principal, novo filme de Walter Salles chega aos cinemas numa produção que se estendeu por oito anos

 

Walter Salles está desde sábado em Paris. Embora consumido pela gripe, o diretor fez questão de se antecipar para revisar a cópia de Na Estrada (On the Road). Ele faz questão de que sua adaptação do livro mítico de Jack Kerouac seja projetada em película no maior festival do mundo. Sábado era a data limite para eventuais correções de luz e som, de forma que On the Road esteja nos trinques para sua soirée de gala, às 19 horas do dia 23. Neste dia, On the Road estará estreando na França. Em junho, será a vez do Brasil e os lançamentos vão pipocar ao redor do mundo, até dezembro nos EUA


On the Road é filme para Oscar? Para a Palma de Ouro? Walter Salles prefere não acumular expectativas exageradas. O filme que consumiu oito anos de sua vida e o levou a percorrer cerca de 100 mil km de estrada ainda é muito recente para que ele possa falar com distanciamento. “Somente agora estou me distanciando de Central do Brasil”, ele brinca.


Seu novo filme é uma das atrações anunciadas do 65.º Festival de Cannes, que começa hoje. Luz, câmera, ação - a Croisette, como todo ano, volta a ser a maior vitrine de cinema do mundo. O longa que inaugura o tapete vermelho de 2012 é de um autor com fama de excêntrico, Wes Anderson. Em Moonrise Kingdom, ele conta a história de um casal jovem que foge para viver seu grande amor. Ocorre que, na repressora ‘América’ do começo dos anos 1960, uma garota de boa família não poderia fazer isso. Cria-se a ideia de que ambos foram sequestrados e a cidade toda inicia uma louca perseguição.


Panorama

O casal de Wes Anderson é formado por dois novatos, Jared Gilman e Kara Hayward, mas de resto o elenco é cheio de caras conhecidas do público - Bruce Willis, Bill Murray, Frances McDormand, Edward Norton, Jason Schwarztzman, Tilda Swinton e Harvey Keitel. O festival, portanto, inicia-se sob o signo de um mundo em transe e numa época de transformações, os míticos anos 60, que levaram a Maio de 68, o ano que não termina nunca.

 

Mudança é coisa de que Cannes entende e, ao anunciar a seleção de 2012, o mandachuva do evento, Gilles Jacob, e seu braço direito, que assina a curadoria da mostra principal, Thiérry Frémaux, assinalaram que Cannes preserva a tradição que fez a sua grandeza, mas de olho nos novos autores e nas inovações tecnológicas.


Na sequência de Moonrise Kingdom, Cannes/2012 mostra uma seleção de deixar cinéfilo babando -os novos filmes de Alain Resnais, David Cronenberg, Michael Haneke, Ken Loach, Abbas Kiarostami, Jacques Audiard, Sergei Loznitsa, Carlos Reygadas, Thomas Vinterberg, Jeff Nichols, Christian Mungiu, IM Sang-soo e, claro, Walter Salles. O brasileiro concorre com uma coprodução franco-americana, falada em inglês. O júri é presidido por Nanni Moretti, que já foi a pedra no meio do caminho de Salles quando ele concorreu em Veneza com Abril Despedaçado. O filme não ganhou nada, mas isso não quer dizer nada. Cada ano, cada júri, cada seleção encerram os próprios desafios e possibilidades. Moretti, que agora preside o júri, concorreu no ano passado com Habemus Papam - e também nada levou.


O festival homenageia o Brasil, por meio de uma seleção organizada por Hilda Santiago, do Festival do Rio, e que inclui A Música Segundo Tom Jobim, de Nelson Pereira dos Santos. Música, cinema e caipirinha, para fazer a festa brasileira em Cannes. E Cannes Classics, o altar dos cinéfilos, anuncia versões restauradas de Era Uma Vez na América, de Sérgio Leone, com 25 minutos a mais de duração; Lawrence da Arábia, comemorando os 50 anos do clássico de David Lean; Tess, de Roman Polanski, em presença do diretor e de sua estrela, Nastassia Kinski. Só por isso, o cinéfilo, como devoto, deveria fazer o caminho da Croisette de joelhos. (Luiz Carlos Merten, da Agência Estado)

 

Saiba mais

 

Embora tenha recebido somente uma Palma de Ouro - por O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, em 1962 -, o Brasil tem tradição na Croisette. O País já ganhou um prêmio de aventuras (O Cangaceiro, de Lima Barreto); de direção (O Dragão da Maldade, de Glauber Rocha), a Palma de Ouro do curta (Meow, de Sérgio Magalhães), prêmios de interpretação (Fernanda Torres, por Eu Sei Que Vou te Amar; e Sandra Corvelloni, por Linha de Passe, de Walter Salles e Daniela Thomas) e de crítica (por Vidas Secas e Memórias do Cárcere, de Nelson Pereira dos Santos).

 

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