[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Palavra musicada | O POVO
Teatro 19/04/2012

Palavra musicada

Como abertura de uma busca pelo que faz uma geração respirar, a Companhia Brasileira de Teatro (PR) apresenta hoje Oxigênio, adaptação da obra do russo Viriapev
notícia 0 comentários
Enviar por e-mail Imprimir Aumentar texto Diminuir texto Corrigir
Compartilhar
DIVULGAÇÃO
Patrícia Kamis e Rodrigo Bolzan compõem o elenco do espetáculo assinado por Márcio Abreu


Há aqueles que respiram para sobreviver – em suma, todos nós. Já outros, puxam no ar a sua inspiração, como numa forma de sobrevivência artística, desprendida do pragmatismo do resistir ao dia a dia. Para esses, ou para quem quiser aprender com estes poucos, a Companhia Brasileira de Teatro (PR) traz seu próprio ar no espetáculo Oxigênio, mostrando que no subsistir artístico há também a necessidade de se perder o fôlego. O grupo se apresenta na noite de hoje, às 20 horas, no Teatro Sesc Senac Iracema, como parte do Festival Palco Giratório 2012.


O espetáculo é a nova obra da Companhia Brasileira de Teatro, dirigida por Márcio Abreu, mas tem sua origem bem longe da miscigenação nacional. Seu autor foi o russo Ivan Viriapev, cuja obra nunca havia sido apresentada ao público nacional antes da empreitada do grupo curitibano. Partindo de um crime passional, em que um homem e sua amante são condenados pelo assassinato da esposa traída, a obra constrói uma fábula crítica e poética que busca o “oxigênio” de nossa geração.


Se a busca é do que nos faz respirar, do que nos mantém de pé, a cena pode trazer desde a fragilidade de um silvo até a agressividade de um resfolegar, de forma a se tirar o fôlego do oxigênio e ligá-lo ao que realmente toca cada um.


A viagem rumo ao Brasil partiu da Sibéria, terra do autor, e teve uma ponte aérea numa livraria de teatro em Paris (França), onde Márcio Abreu, diretor do espetáculo, teve um primeiro contato com o texto e, segundo ele, já identificou elementos com que trabalhava na companhia. De então para hoje, já somam-se mais de 100 apresentações desde a estreia, em Curitiba em dezembro de 2010. “Percebo que as pessoas se relacionam com a peça em dois planos. Racional e emocionalmente. Ela é generosa neste sentido”, aponta Márcio Abreu, por e-mail.


Adaptação

O processo mais longo na montagem da peça desde o achado entre livros franceses foi a de adaptação. Ao utilizar uma linguagem cantada e versada na musicalidade, com trilha sonora executada ao vivo no palco pelos músicos Gabriel Schwartz e Vadeco, a necessidade de uma correição ampliou a necessidade de esmero. O original russo, que fora adaptado ao francês, passou pelas mãos de Irina Starostina e Giovana Soar até a versão brasileira, com pesquisa de Márcio Abreu, Giovana Soar e Nadja Naira.

 

“O texto tem um caráter performativo, o que nos coloca desafios de leitura e interpretação. Há cenas inteiras que foram reescritas junto com os atores em sala de ensaio”, exemplifica Márcio, ilustrando as dificuldades enfrentadas até o produto final, que poderá ser visto e ouvido no palco. A musicalização, aliás, não se restringe à trilha, como também se insere no espaço dramatúrgico, apoiando a costura de temas que marcaram a geração, tais como o terrorismo, a pedofilia, o fanatismo religioso e o consumismo.


De acordo com Márcio Abreu, a identificação com o texto do dramaturgo russo transbordava a temática, afluindo em outros elementos, como a musicalização da palavra escrita e na revisão da forma de colocação dos atores frente a plateia. O elenco é formado por Patrícia Kamis e Rodrigo Bolzan, acompanhados dos dois músicos.


A peça faz parte da 15ª edição do Festival Palco Giratório, que traz companhias de teatro, dança e animação de todo o Brasil a Fortaleza entre os dias 1º e 30 de abril. Promovido pelo Departamento Nacional do Sesc. Ao todo, serão 32 espetáculos, além do lançamento de um livro. O número de apresentações, no entanto, é muito maior, já que os espetáculos se dividem em diversos palcos (Teatro Sesc Senac Iracema, Theatro José de Alencar, Teatro Sesc Emiliano Queiroz, Cuca Che Guevara, além de praças e polos de lazer em toda a Cidade.


O quê


ENTENDA A NOTÍCIA


Pode soar egocêntrico, mas de um mero acaso num festival em Nicarágua foi batizada a Companhia Brasileira de Teatro. Criado por Márcio Abreu, o grupo sedia-se em Curitiba (PR), mas tem no deslocamento uma de suas marcas

 

SERVIÇO

 

Oxigênio

Quando: Hoje, quinta-feira, às 20 horas.

Onde: Teatro Sesc Senac Iracema (Rua Boris, 90C -Praia de Iracema)

Entrada: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Outras informações: (85) 3452 1242/ 3252 2215

 

Enviar por e-mail Imprimir Corrigir
Compartilhar
0
Comentários
300
As informações são de responsabilidade do autor no:
espaço do leitor
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro a comentar esta notícia.
  • Em Breve

    Ofertas incríveis para você

    Aguarde

Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje

Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object

ACOMPANHE O POVO NAS REDES SOCIAIS

Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo

Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>

O POVO Entretenimento | Vida & Arte