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Foi-se o tempo que estar dentro de um carro era sinônimo de proteção. A insegurança no trânsito tem sido responsável por aumentar a demanda por blindagem em todo o País. Dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) mostram que, só no primeiro semestre do ano passado, aumentou em quase 5% a procura por blindagem automotiva. Quem procura tranquilidade paga caro e ainda enfrenta fila de espera. Se isso não fosse suficiente, motorista tem de arcar com a depreciação do investimento e a perda da garantia de fábrica.
De acordo com Rodrigo Carvalho, diretor comercial do grupo Newland, revendedora, no Ceará, de veículos de marcas como Toyota, Mercedes-Benz, Chrysler, Jeep e Smart, em cinco anos, 100% do valor empregado na instalação da proteção veicular sofrem depreciação. “Com um ano de uso, a blindagem perde 20% a 30%. Com dois anos, a depreciação é, em média, 50%. Após três anos, 70%. E com quatro anos, de 80% a 90% de depreciação”.
Segundo Carvalho, o proprietário de um veículo deve estar ciente que, com a instalação da blindagem, alguns componentes perderão a garantia de fábrica. “Prevalece o bom-senso. A blindagem influencia em alguns itens que a montadora não vai dar garantia, como a suspensão e o amortecedor. Como o peso do carro fica acima do normal, esse tipo de item não vai ser coberto. Agora, se for um item que não tem nada a ver com a blindagem, como o câmbio, a garantia se mantém”.
Tempo
Em média, a espera entre o agendamento e a instalação da blindagem é de 90 dias. Durante esse período, por 30 dias, o proprietário ficará sem o veículo. Esse é o tempo que leva para que o carro possa ser praticamente todo desmontado para a instalação do material balístico. O serviço inclui a blindagem de toda a lataria do veículo. Para isso, são utilizados aço e fibra de aramida, uma espécie de tecido de nylon resistente.
Quanto mais aço for empregado na blindagem, mais pesado ficará o veículo, o que poderá prejudicar as suspensões e amortecedores, além de exigir mais desempenho do motor. No caso da aramida, ela é mais leve e mais cara. Além da proteção na carroceria, os vidros também são substituídos por outros à prova de bala. Nos pneus são instaladas cintas de aço que permitem manter o carro em movimento, mesmo com o pneu furado, por alguns quilômetros.
Dentre as blindagens mais procuradas está de nível III-A, que é a mais cara e mais eficiente contra armas de mão com calibre superior ao 38. No geral, os custos com a instalação da blindagem podem variar de R$ 30 mil a R$ 40 mil, dependo do modelo e da blindagem. Mesmo com o preço elevado, dispor de um carro à prova de balas têm se tornado realidade para os brasileiros, afirma o presidente da Abrablin, Christian Conde.
“Nós temos uma grande conexão com a melhoria econômica do País, com a venda de carros de alto valor agregado e com crescimento dos centros urbanos, onde cresce também a violência. A blindagem acaba sendo uma ferramenta que está diretamente relacionada”.
O Quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Quem decide instalar a blindagem em um veículo pode perder a garantia de fábrica de alguns itens como suspensão e amortecedor. Além disso, o valor da blindagem sofre depreciação total em até cinco anos
Saiba mais
Certificação
As empresas que oferecem a instalação devem dispor de Certificado de Registro (CR) emitido pelo Exército Brasileiro. Os materiais utilizados para a blindagem de veículos são controlados pelo órgão militar.
O proprietário que pretende blindar um veículo deve requerer, por meio da blindadora, autorização da Região Militar onde a empresa está registrada.
É necessário apresentar RG, CPF, comprovante de residência, Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), Certidões Negativas Criminais da Justiça Federal, Estadual e Militar dos últimos cinco anos e Atestado de Antecedentes Criminais, emitido pela Polícia Civil.
Caso seja autorizada, a Região Militar deve informar ao Detran que o veículo foi blindado. Nesse caso, o órgão de trânsito emitirá uma nova CRLV onde constará que o veículo é a prova de balas.
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