[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Tudo sobre minha mãe | Tendências | O POVO Online
Esta é minha mãe 12/05/2013

Tudo sobre minha mãe

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Nascemos, eu e ela, no mesmo dia e mês, 9 de abril. E isso talvez explique o tanto que nos aproxima e nos identifica. Apesar de teimarmos em não admitir que nos pareçamos a este ponto.


Dona Maria Avany, de berço Azevedo dos Santos, Maranhão de altar e cartório, foi criada como Nini na colonial cidade de Penedo, em Alagoas, às margens do rio São Francisco. Filha de Alcino e Othília, irmã de Cici, Vavá e Ceicinha, devota de Nossa Senhora das Dores, destacada aluna do colégio de freiras, tocadora de piano, bordadeira de ponto de cruz, crochê e tricô, professora de Geografia e Matemática, cozinheira de mão cheia. Sem dúvida, muito prendada a moça.


Antes de se encantar por Irineu, num baile, com ele casar e se tornar mãe de Mersinho, Nini e Neinha, correu o mundo. Partiu para as Minas Gerais em busca de uma pós-graduação, porque o saber da Alagoas já não lhe era suficiente. E com ela levou pela mão a mana Vavá, porque uma moça de família como ela não moraria fora  sozinha!


Foi e voltou para a Terra dos Caetés - ao contrário da irmã, que até hoje tem por janela, o Belo Horizonte.


Mas a história de Nini estava para ser escrita mesmo era no Agreste alagoano. É lá de Arapiraca, onde mora há mais de 40 anos, que cuida da prole (que, em parte, teimou em correr mundo, não sei puxando a quem) e do companheiro de vida toda, com quem divide o balcão da A Sugestiva, patrimônio da família.


Festeira, alegre, fã de Palavras Cruzadas (”é minha higiene mental”), leitora habitual, boa jogadora de Buraco (recomendo atenção redobrada aos futuros adversários), pé de valsa, apreciadora de um bom uísque...são muitas as características para descrevê-la.


Apesar disto, e vai ver por causa da devoção a Maria no caminho do Calvário, dona Avany teima em, vez em quando estacionar, na dor e se queixar dos filhos que partiram (”se eu soubesse que seria assim, nenhum teria estudado fora”), de uma e outra dor no corpo, do frio nos rigorosos invernos arapiraquenses...


Outro dia, resolvi dar um basta nesta situação. Perdi a paciência, lhe telefonei e chamei a atenção. Como pode uma pessoa insistir em só reparar na metade do copo vazia, enquanto a outra está cheia?


Só alguns dias depois da tensa ligação foi que atentei para o que realmente havia acontecido. Assim como dezenas de vezes dona Avany havia tentado (e ainda tenta), inutilmente, me enquadrar em seu padrão de felicidade, lá estava eu, desrespeitosamente, forçando que ela fosse feliz à minha maneira (e não na dela).


E ainda dizem que somos parecidos demais, veja só!

 

Émerson Maranhão

emerson@opovo.com.br

É ariano, como a mãe, e tem ascendente em Capricórnio, signo do pai. Quando a irmã caçula quer lhe pertubar o juízo, costuma dizer: “você é igualzinho a mamãe!”. Quando é a mãe que se incomoda com alguma atitude sua, dispara :”você é seu pai todinho, não tem o que tirar”. E assim, entre influências de Fogo e Terra, ele segue em busca de equilíbrio.

 

> TAGS: crônica dia das mães
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