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Em entrevista exclusiva ao O POVO, por email, o diretor de contas da Ipsos Marplan, Diego Oliveira, comenta os principais resultados da pesquisa.
O POVO – Qual é a importância deste consumidor de mais de 45 anos de idade para o mercado
Diego Oliveira – A importância hoje se expressa, de forma concreta, no poder aquisitivo e no alto índice de consumo (melhor qualificado – de bons produtos e de valores mais elevados que os consumidores mais jovens). Soma-se a isso o potencial que o mercado tem, pois estamos caminhando para ser um país de meia idade, com mais gente consumindo “melhor”.OP – Por que deve-se atentar para este segmento?
Diego – Porque se trata de um grupo ainda pouco estudado no Brasil e que irá quase dobrar. Em 2050 a média de idade da população brasileira será de 47 anos. Portanto, um segmento que merece um planejamento especial, pois demandará estratégias também especiais.
OP – Quais seriam os diferenciais de comportamento e padrão de vida que este consumidor apresenta?
Diego – São pessoas que estão no ápice de seu capital intelectual e financeiro. São consumidores mais seletivos, sendo clara a procura pela tangibilidade dos benefícios. Além disso, têm uma noção mais clara sobre um produto, marca ou serviço, de que é verdadeiro, honesto naquilo que promete ou mesmo que é genuíno. Em síntese, são exigentes, consomem qualidade e querem usufruir da vida da melhor forma possível. São também mais empreendedores: entre os maiores de 50 anos, 33% trabalham por conta própria, no conjunto da população, a proporção é de 19%. E para completar: 70% deles acreditam que a vida será melhor no futuro.OP – Como está esse segmento em Fortaleza em relação ao resto do País e, em especial, a outras capitais do Nordeste?
Diego – Em Fortaleza 14% das pessoas têm de 45 a 54 anos e 8% têm de 55 a 64 anos. Em termos comparativos com as médias brasileira e do Nordeste, diferem, no máximo, dois pontos percentuais – o que revela certa homogeneidade no natural envelhecimento da população em geral.
OP – A gente pode dizer que este é um segmento em crescimento? É um segmento a ser investido?
Diego – Sim. E muito! Hoje, 33% da população nos 13 mercados pesquisados pelo EGM Next Generation estão acima dos 45 anos. Esse grupo representa um “bônus” demográfico para o Brasil, pois advém do aumento da proporção dos que estão no auge da idade ativa: 61% deles trabalham e entre pessoas de 45/54 da classe A, este número chega a 66%. Essa faixa etária corresponde a 43% da classe de renda mais alta (acima de dez salários mínimos) no total da população, são 23%.OP – Comumente, os jovens de até 30 anos de idade são o público-alvo preferencial do mercado publicitário, uma vez que a juventude é supervalorizada em nossa cultura. O senhor acredita que isso deve mudar? De que modo?
Diego – Deve mudar sim. Não só pela necessidade constante de observação da sociedade, dos movimentos emergentes e de todos os fatores passíveis de transformarem uma tendência num fenômeno: o envelhecimento da população; bem como pelo fato de que o mercado está percebendo que as pessoas acima de 45 anos vêm se qualificando cada vez mais e ampliando seu papel de formador de opinião e os mais jovens parecem saturados em termos de abordagens e com menor disponibilidade de dinheiro para responder ao que as marcas propõem de forma constante. Tudo isso numa sociedade na qual a busca da longevidade tem ditado o sucesso de muitas indústrias.
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